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Fundão vai continuar a «acompanhar Castelo Branco»

Joaquim Morão encara como única hipótese a Médio Tejo, mas Manuel Frexes deixa «em aberto» outros cenários

Ao que tudo indica, o Fundão deverá aliar-se a Castelo Branco numa ligação à comunidade urbana da Médio Tejo. «Continuaremos a acompanhar Castelo Branco neste percurso comum», avisou o autarca fundanense no último domingo na Eira dos Três Termos, onde se encontravam centenas de pessoas para assistir à assinatura do protocolo entre os dois municípios para a preservação da Serra da Gardunha e para o segundo encontro anual de bombos.

«Tentarei acompanhar e construir ao lado de Castelo Branco uma solução para todos», acrescentou o edil fundanense, deixando bem claro que vai continuar a manter a cooperação com Castelo Branco, principalmente no processo das comunidades urbanas. Até porque, adiantou, «caminhar» ao lado daquele município «serve melhor os interesses» do município, porque «temos um conjunto de protocolos e uma larga cooperação». E, nesse sentido, deixou um aviso: «nos dias que correm, enfrentamos sistematicamente ameaças contra a nossa cooperação. Não nos vamos deixar aterrorizar por aqueles que nos querem dividir pois a união faz a força».

Mas aos jornalistas, Manuel Frexes disse que «continua a manter todos os cenários em aberto», nomeadamente a sua inclusão na ComUrB – Comunidade Urbana das Beiras constituída pelos municípios a norte, pela Covilhã, Belmonte e Penamacor. A possibilidade de constituir uma Grande Área Metropolitana entre os municípios da região e os da Médio Tejo também não está descartada. «Estamos rodeados de grandes áreas metropolitanas e no novo quadro comunitário de apoio haverá uma nova realidade: as autarquias do Médio Tejo passarão a pertencer à região centro. Já não irão fazer mais parte do chamado Lisboa e Vale do Tejo, pois Lisboa vai ser retirado dos fundos comunitários de 2006 e 2012», referiu. «Quiçá juntar Viseu, a Guarda, Castelo Branco e a grande região centro», deixou no ar. Para já, a aposta é aguardar para «tomar as melhores opções sem precipitação», estando disposto a esperar «o tempo que for necessário» para decidir a melhor solução para o fundão. A única certeza que Frexes deixa é que «não irá empurrado» para nenhuma comunidade.

Por sua vez, Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco, está a encarar apenas uma única «possibilidade»: agregar-se à comunidade Médio Tejo. No entanto, rejeita as culpas de não ter existido um entendimento entre os dois distritos da região. «Independentemente do que se diz, quem tem conseguido objectivamente colaborar entre municípios tem sido a Câmara de Castelo Branco e do Fundão. Temos tido ideias e projectos que estamos a implementar no terreno para o nosso desenvolvimento integrado. Tudo o resto, é paleio», acrescenta.

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