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Fundão quer 12,5 milhões para urbanismo comercial

Projecto pretende modernizar estabelecimentos e requalificar espaços públicos

A Câmara do Fundão, em parceria com a Associação Comercial e Industrial e alguns empresários, prepara-se para candidatar um projecto de requalificação e modernização de toda a zona antiga da cidade ao Urbcom – Programa de Incentivos a Projectos de Urbanismo Comercial, num investimento global de 12,5 milhões de euros.

A modernização dos estabelecimentos comerciais e a requalificação dos espaços públicos, infraestruturas e habitação existentes no centro histórico é o principal objectivo do projecto, que tem já 204 empresários, dos 278 inquiridos, interessados em revitalizar o seu comercial tradicional. Os espaços públicos mais significativos da cidade serão igualmente requalificados, como a Praça do Município, Praça Velha, Rua da Cale, Largo de Santo António, Largo das Oito Bicas ou da Igreja Velha, entre outros.

O investimento público, privado e associativo será repartido pelos parceiros (Câmara, ACIF e empresários aderentes). Segundo as estimativas, cerca de 10,2 milhões de euros serão canalizados para a modernização interna e externa dos estabelecimentos comerciais. Para a requalificação das ruas estima-se um investimento de 200 mil euros, enquanto que na vertente do associativismo o investimento a realizar será da ordem dos 37,5 mil euros. Já a promoção do comércio tradicional poderá contar com 240 mil euros.

Neste campo, a ACIF pretende desenvolver algumas iniciativas para atrair os clientes, como animação de rua, exposições temáticas, criação de uma “newsletter” e de um site, bem como o lançamento do cartão cliente com descontos acumuláveis ou reembolsáveis. O trabalho, que resultou de um «estudo intensivo de dois anos» do Gabinete Técnico Local (GTL), aguarda apenas a abertura da segunda fase de candidaturas do programa, adianta o vereador Paulo Fernandes, pois o município não foi considerado prioritário na primeira fase. Uma «vicissitude» que se deve ao facto das verbas do antigo PROCOM não terem sido «aproveitadas». Desta vez, a autarquia está preparada para avançar «imediatamente», garante Rogério Hilário, presidente da ACIF, reclamando um «olhar atento» da Direcção-Geral de Empresas para o projecto. «É a última tentativa para salvar e continuar com o comércio tradicional no centro da cidade. O Fundão necessita deste instrumento e deste conjunto de propostas», defende, lembrando que o comércio de proximidade garante 700 empregos directos na cidade. De acordo com dados do GTL, existem no centro histórico 328 estabelecimentos, 61,5 por cento dos quais estão ligados ao comércio tradicional e 14 por cento à restauração.

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