Os 40 trabalhadores da Fundação Côa Parque não receberam este mês o subsídio de Natal, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Socais do Centro (STFPS).
Segundo Luís Luís, esta situação «contrasta com a garantia dada pelo Governo, através da ministra das Finanças, de que este subsídio seria pago a todos os funcionários públicos em novembro». O delegado sindical adianta que o presidente do Conselho de Administração da Fundação confirmou «a impossibilidade de honrar os seus compromissos para com os trabalhadores, em virtude dos fundadores, todos do Estado (administração central e local), não cumprirem com as transferências financeiras devidas à Côa Parque». Nesse sentido, os trabalhadores vão tomar «todas as medidas que considerarem necessárias» para garantirem o pagamento do subsídio, mas Fernando Real já disse que a instituição a que preside tem problemas de tesouraria: «Temos um orçamento aprovado de 1,3 milhões de euros e, neste momento, ainda só recebemos 375 mil euros. O que, acrescido às verbas em atraso por parte dos fundadores, faz com que as dívidas à Côa Parque ascendam a 1,625 milhões euros», contabilizou o presidente da Fundação que gere o Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Os seus membros fundadores são a Direção-Geral do Património Cultural, ministérios da Economia e do Ambiente, município de Vila Nova de Foz Côa e Associação de Municípios do Vale do Côa. Na última segunda-feira passaram 15 anos sobre a classificação das gravuras rupestres como Património da Humanidade pela UNESCO.
