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Frederico Lopes continua no CCBI até Março de 2005

A atribuição de uma sede ao grupo está na origem da decisão

Frederico Lopes voltou atrás na decisão de se demitir da direcção do Cine Clube da Beira Interior (CCBI) e vai continuar em funções até ao final do mandato, em Março de 2005. A decisão foi anunciada no início desta semana após explicar que já tem «condições objectivas» para poder trabalhar, nomeadamente instalações e uma equipa para assegurar as programações habituais e os restantes projectos.

Em Agosto, o professor universitário tinha confessado estar «desencantado» pelo «desinteresse geral» das pessoas em relação ao cinema e às actividades realizadas pelo CCBI, um cenário que se agravava com a falta, desde Março, de um espaço próprio para desenvolver a logística do Cine Clube. O grupo ocupou até então uma sala na sede do Teatro das Beiras, mas, devido à necessidade de espaço daquela companhia, o CCBI teve que procurar com a Câmara local outras alternativas, nomeadamente a actual sede da Banda da Covilhã e uma sala no Orfeão. «Soluções que falharam», acrescenta Frederico Lopes, adiantando, no entanto, que «dentro de uma semana poderá haver uma sede» cedida pela autarquia. Essa era uma das suas exigências para continuar à frente da colectividade. Depois da tempestade, o CCBI regressa “revitalizado”. Para além da habitual programação de cinema alternativo, realizar-se-á ainda o Cinescola 2004 e o Novidad – Digital Film Festival, em parceria com o CyberCentro da Covilhã. Nesta segunda edição, o Novidad, que decorrerá de 9 a 13 de Novembro, procura transformar-se num festival internacional de cinema e instalações multimédia já que haverá uma secção competitiva com 30 filmes. Haverá ainda uma mostra com os trabalhos que não foram seleccionados, o visionamento de trabalhos de realizadores conceituados nos efeitos especiais e multimédia, como Chris Chuningham, Michel Gondry e o português Rui Simões, a apresentação do livro “Suleiman”, de Álvaro Faria, entre outras actividades.

O Cinescola 2004 regressa também em «moldes ligeiramente diferentes» que nos anos anteriores, estendendo-se agora a todos os agrupamentos de escolas do concelho da Covilhã. Também em parceria com o CyberCentro da Covilhã, o CCBI irá seleccionar em cada escola os alunos com maiores capacidades na imagem e nas áreas da informática para a realização de um pequeno filme em “stop motion” (pixelização). De resto, Frederico Lopes criticou o Instituto de Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM) por ainda não ter definido apoios aos vários projectos do CCBI.

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