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Frango com sabor a dobradinha

Manteigas juntou Taça de Honra da AFG ao campeonato distrital após vencer Vila Cortês do Mondego por 1-0

Num jogo com final dramático, o Manteigas conquistou a Taça de Honra da Associação de Futebol da Guarda ao derrotar o Vila Cortês do Mondego por 1-0. A equipa treinada por Nando Ribeiro juntou, assim, o troféu ao campeonato, garantindo uma “dobradinha” inédita no distrito.

A partida disputou-se no Municipal do Sabugal e reuniu muito público, que deve ter dado o seu tempo por mal empregue nos primeiros 20 minutos. Só aos 26’ surgiu a primeira ocasião de golo quando Titá, melhor marcador do Distrital, isolado frente ao guarda-redes, rematou ao lado. O Manteigas melhorou a partir daí e, aos 37’ e 38’, Camurça teve de aplicar-se para negar o golo a Ricardo Quelhas e Fábio Sousa. Aos 40’, Gilberto, admoestado pela primeira vez aos 4’, viu o segundo amarelo e deixou o Vila Cortês reduzido a dez. No entanto, até foi o quarto classificado do Distrital que entrou melhor no segundo tempo. Aos 48’, Rui Santos roubou a bola a André Barra e cruzou para Moedas que, ao segundo poste, não conseguiu cabecear com êxito. Como em final que se preze não pode faltar polémica, ela aconteceu aos 65’. Num contra-ataque, Rui Santos cruzou para o segundo poste onde apareceu Mica a desviar, ficando a dúvida se a bola transpôs ou não na totalidade a linha de golo.

A equipa do concelho da Guarda continuava a demonstrar uma boa organização defensiva e, aos 76’, um remate de André Barra, de fora da área, fez a bola passar perto do poste. O Manteigas intensificou a pressão nos últimos minutos e, aos 83’, Fábio Nogueira cabeceou ao poste e, dez minutos depois, o avançado marcou mesmo, mas o lance foi invalidado por pretenso fora-de-jogo. Quando já se pensava que a partida ia decidir-se nos penáltis, Nuno Antunes, entrado aos 88’, acreditou que Camurça não seguraria uma bola aparentemente fácil de controlar e só teve que empurrar o esférico, que passou por entre as pernas do guarda-redes, para a baliza. A infelicidade do guardião despertou uma “explosão” de alegria nas hostes manteiguenses e o árbitro Luís Brás – que merece o benefício da dúvida nos dois lances polémicos dada a posição em que nos encontrávamos – deu o jogo por terminado.

No final, o “herói” do encontro realçou que o golo foi fruto de um «momento de inspiração», mostrando-se «contente por ter ajudado a conquistar mais um troféu» para o Manteigas, declarou Nuno Antunes. Já o técnico considerou que a conquista da dobradinha foi «mais que justa» perante um adversário que foi «um digno vencido», numa época «que acabou por ser de sonho». Sobre a sua eventual continuidade na IIª Divisão, Nando Ribeiro assegurou que nada estava «decidido». Contudo, O INTERIOR apurou que o treinador deverá mesmo continuar e que a direção tudo fará para satisfazer o pedido de contratação de seis atletas, todos a jogar no Distrital da Guarda, embora sem entrar em “loucuras”. Por parte do Vila Cortês, Rui Nascimento sublinhou que a expulsão «condicionou bastante» a equipa e que o golo «sofrido no último segundo custa muito». Como “prémio de consolação”, a formação vai disputar a primeira eliminatória da Taça de Portugal.

Ricardo Cordeiro Atletas serranos festejaram efusivamente a conquista do segundo troféu da época

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