A Associação Desportiva de Fornos de Algodres teima em não “acertar o passo”, voltando a desperdiçar pontos, mas desta feita em casa, o que ainda não tinha sucedido nesta temporada em que assumiu a candidatura à subida de divisão. Frente ao Anadia, penúltimo classificado da série C da IIIª Nacional, os comandados de Vítor Tejo atacaram sempre mais que o seu adversário, que marcou praticamente nas duas únicas oportunidades que conseguiu criar. O Fornos criou várias jogadas de perigo nos primeiros minutos através de rápidas iniciativas pelas alas do seu ataque. Aos 34’, Faneca I arrancou um forte remate à entrada da área com a bola a passar perto do poste direito. Sempre no comando da partida, o Fornos voltou a ter uma oportunidade de golo um minuto antes do intervalo, com Vitinha a obrigar o guarda-redes Bruno a aplicar-se após uma boa combinação com Faneca. Na etapa complementar, o sentido do jogo não se alterou e a equipa da casa manteve a toada ofensiva. A melhor oportunidade para marcar surgiu aos 62’, mas Santos atirou às malhas laterais. Contudo, aos 78’, totalmente contra a corrente do jogo, o Anadia abriu o activo por intermédio de Jorgito, isolado frente a Carlitos. Mas a formação da Bairrada nem teve tempo para festejar, já que um minuto depois Faria restabeleceu a igualdade, “fuzilando” a baliza de Bruno após um livre de Santos. Galvanizado com o golo, o Fornos partiu em busca do tento da vitória, que surgiu aos 84’ num grande “pontapé de bicicleta” do avançado brasileiro Oliveira, que leva cinco golos noutros tantos jogos. Quando já toda a gente pensava que o Fornos tinha garantido mais uma vitória, Xico Trabuca surgiu com grande liberdade na área da equipa da casa, dispondo de tempo para rematar e recargar com êxito. A derrota é injusta para o Fornos, agora no décimo lugar da geral, a seis pontos do Tourizense, surpreendente líder da prova. O trio de arbitragem comandado por Francisco Bizarro deixou passar impunes algumas entradas mais ríspidas, mas sem influência directa no resultado.
No final da partida, Vítor Tejo queixou-se essencialmente da finalização: «Estou satisfeito pela qualidade de jogo que tivemos, só que nos períodos de melhor produção da equipa não conseguimos finalizar e fomos um pouco perdulários no último remate. Teremos que trabalhar ainda mais, porque não podemos sofrer golos como estes», sublinha. Na próxima jornada, a disputar dia 19 devido à Taça de Portugal, o Fornos desloca-se ao terreno do “vizinho” Mangualde com o intuito de recuperar os pontos perdidos em casa.
Ricardo Cordeiro
