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Força Aérea treina na Serra da Estrela

Esquadra 552 da Base Aérea de Beja termina hoje o exercício de missão humanitária

135 militares e nove helicópteros Alouette III da Força Aérea Portuguesa (FAP)estão instalados, desde última segunda-feira, no aeródromo da Covilhã para participarem num exercício de missão humanitária da ONU de apoio a populações isoladas. A simulação, designada por “Helpor 05”, está a ser executada pela Esquadra 552 da Base Aérea de Beja e termina hoje.

Este destacamento aéreo, conhecido por base táctica, tentará reproduzir as exigentes condições da operação com que normalmente os militares se deparam neste tipo de intervenções. «Neste exercício, apenas tínhamos a pista do aeródromo. Tudo o resto foi montado por nós», diz o major Paulo Gonçalves, ao revelar que a Esquadra 552 montou uma «mini-base aérea» naquela estrutura com tendas climatizadas, tendas hospitalares e duche de água quente. O objectivo é «testar» a operacionalidade dos meios, humanos e mecânicos, num caso de calamidade ou de desastre. Pretende-se também pôr à prova o planeamento e movimentação da operação de forma a melhorar as capacidades de desempenho e a segurança de voo. A manutenção de qualificações operacionais de mecânicos, tripulações e controladores tácticos são outros objectivos a cumprir. Para além das simulações trimestrais, este é o exercício de «maior dimensão da Esquadra 552, desde a presença em Timor, há três anos, também em missão humanitária», adiantou, por sua vez, Filipe Azinheira.

Durante o exercício, os Alouette III executaram missões de largada de forças aerotransportadas, salvamento de pessoas em dificuldades na barragem da Meimoa com utilização de guinchos, a condução de aeronaves de combate e a evacuação de feridos. De realçar que estes helicópteros são também usados no combate aos fogos, bem como na entrega de alimentos e medicamentos. A zona da Serra das Estrela foi o cenário escolhido devido às suas características quer orográficas, como o relevo da montanha, quer climatéricas. Por isso, o major Paulo Gonçalves quase «agradece» o tempo de tempestade que se viveu nestes últimos dias. «Permite-nos ter um melhor conhecimento das adversidades que poderemos enfrentar com os dias maus», explica. Para além dos helicópteros Alouette, o exercício envolveu ainda aviões de combate F-16 e Alfa-Jet, para simulação de missões de ataque ao solo e apoio aéreo próximo.

Liliana Correia

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