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Fonseca de Carvalho eleito na distrital do CDS

Novo líder não escondeu surpresa com os resultados de sábado à noite, uma vez que a sua lista não tinha apoios nas concelhias

Fonseca de Carvalho foi eleito, no passado sábado, presidente da distrital da Guarda do CDS, num desfecho que causou surpresa. Com 71 votos, o engenheiro, antigo vereador na autarquia, derrotou João Caramelo (66), ex-delegado distrital dos centristas e cuja lista integrava os atuais pesos-pesados do partido no distrito.

O resultado até surpreendeu o próprio vencedor, que nessa noite surgiu na sede da concelhia guardense visivelmente pouco confiante na vitória. «Era uma lista que não contava com o apoio das concelhias, pelo que, à partida, era difícil vencer, mas trabalhámos muito», declarou após a confusa contagem dos votos. É que, apesar de haver 320 militantes inscritos e de apenas 137 terem votado, o resultado final só foi apurado cerca das 21h30, hora e meia após o fecho das urnas. De resto, continua por divulgar a votação obtida por Paulo Portas no distrito, que nessa noite foi reeleito para a presidência do CDS. Confusões à parte, Fonseca de Carvalho, de 59 anos, assumiu que começa agora um «ciclo novo, de rejuvenescimento do CDS na Guarda», tendo considerado que estas eleições demonstraram que o partido «está vivo e ativo no distrito» e que os resultados deixarão a distrital «bem colocada a nível nacional para discutir a sua posição».

Mas ainda há trabalho a fazer por cá, já que o novo líder centrista quer constituir as três concelhias que faltam (Figueira, Manteigas e Trancoso) – no sábado foi eleita a de Gouveia – e dotar todas as estruturas locais de meios. «Para já, vamos lutar por um reconhecimento total das concelhias, onde há muita falta de meios, mas o partido está disponível para as estruturar melhor. Nesse sentido, vamos averiguar as necessidades de cada uma e apresentá-las a nível central», revelou o dirigente, que também vai reclamar mais cursos de formação política. Outra tarefa prioritária é «defender o distrito e pô-lo no sítio certo», pois «a Guarda deve ser tratada de forma diferente em termos das portagens, dos custos da eletricidade e da água, por exemplo». Nesse sentido, promete analisar a legislação, que diz estar «desconexa da realidade», para depois fazer chegar «essas anomalias» a quem de direito.

Quanto ao futuro, Fonseca de Carvalho reitera que a ambição do CDS é voltar a ter Câmaras Municipais, «mas se assim não for, o nosso objetivo passa por ganharmos o máximo de freguesias e ter eleitos nas Assembleias Municipais. No entanto, o presidente da distrital acredita que «mais depressa haverá legislativas antecipadas». Os novos vice-presidentes são Henrique Monteiro, João Amaral, Paulo Menano e David Lopes. António Sousa Júnior, ex-autarca de Almeida, foi eleito para a Assembleia Distrital, coadjuvado por Álvaro Estêvão e Júlio Boa. Já Luís Vasco, o último presidente de uma distrital do CDS na Guarda no final da década de 90, preside ao Conselho Distrital de Jurisdição. Não foi possível obter um comentário de João Caramelo até ao fecho desta edição.

Luis Martins «Começa agora um ciclo novo, de rejuvenescimento do CDS na Guarda», anunciou Fonseca de Carvalho

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