As micro e pequenas empresas com viabilidade técnica, económica e financeira, do concelho da Guarda, irão beneficiar de uma maior facilidade de acesso ao crédito, no âmbito de um protocolo financeiro e de cooperação, assinado na segunda-feira. A parceria foi estabelecida entre a Câmara da Guarda, o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI), o NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda, o Banco Espírito Santo (BES) e a Norgarante – Sociedade de Garantia Mútua, com o intuito de modernizar e dinamizar as empresas da região.
A assinatura do acordo surge no âmbito do Programa FINICIA Eixo III – Iniciativas Empresariais de Interesse Regional. O objectivo passa por reforçar a competitividade e modernização de micro empresas de âmbito local, através da possibilidade de aceder a um empréstimo bancário de médio ou longo prazo. Isto promovendo o alargamento da base de acesso ao capital e ao crédito através do estabelecimento de parcerias público-privadas. O fundo será aplicado a empresas dos sectores da indústria, comércio, turismo, construção e serviços que pretendam investir na sua área de negócio. No entanto, não abrange as despesas de financiamento na aquisição de terrenos, veículos automóveis, custos internos da empresa, entre outros. O investimento das empresas candidatas poderá ser apoiado na sua totalidade, com o limite máximo de 35 mil euros por projecto. Assim, a Câmara disponibiliza 20 por cento na forma de subsídio reembolsável sem juros e o banco 80 por cento a uma taxa Euribor a 180 dias acrescida de um spread de 1,25 por cento.
Neste projecto a autarquia participa com 25 mil euros e o BES com 100 mil euros. O edil guardense, Joaquim Valente, espera com esta iniciativa «potenciar o desenvolvimento da região» e ao mesmo tempo «fomentar a criação e evolução de empresas que por vezes têm alguma dificuldade no recurso ao crédito». Também João Teixeira Diniz, presidente do NERGA, se mostrou confiante na adesão dos empresários a este fundo de investimento, esperando que «os pedidos sejam tantos que tenhamos que reforçar o fundo».
Trancoso também aderiu
O município de Trancoso aderiu, também na segunda-feira, ao Programa FINICIA. O protocolo foi subscrito pela Câmara de Trancoso, o BES, a Norgarante , o IAPMEI, e a AENEBEIRA – Associação Empresarial do Nordeste da Beira. Este acordo tem como objectivo a criação de um fundo que pretende estimular e orientar investimentos nas micro e pequenas empresas do concelho. De resto, o Trancoso FINICIA tem um fundo com um valor inicial de 250 mil euros, sendo que a autarquia contribui com 50 mil euros e o BES com os restantes 200 mil euros. Os investimentos a realizar por empresas já constituídas e em actividade, serão apoiados pelo fundo até 100 por cento das despesas e com um limite de 45 mil euros por projecto. O financiamento concedido terá um período de reembolso mínimo de três anos e um máximo de seis anos, ainda com a possibilidade de aderir à opção de um ano de carência de capital. O fundo poderá ser aplicado a projectos nos sectores do comércio, indústria, turismo, construção e serviços.
Tânia Santos
