Ao Ginásio Figueirense importava entrar bem em 2004 por duas razões: primeiro, não perder de vista ou alcançar, em caso de deslize dos outros candidatos, o primeiro lugar, depois, para assinalar a entrada ao serviço do novo treinador, Adelino Guerra, o terceiro desta época. E conseguiu-o, com determinação, garra e muito empenho contra uma equipa difícil no seu reduto mas algo permeável fora de portas.
Num jogo fácil, sem casos, coube ao Ginásio segurar as “rédeas” do jogo e, quiçá já com a influência do novo técnico, encarar a partida com uma mentalidade mais ganhadora, que pareceu ficar no balneário em certos jogos. O regressado Bruno Coutinho abriu a contagem à passagem do minuto 15’ num bonito lance de ataque organizado dos locais, que, com o retorno da eficácia ofensiva do seu avançado, materializou em golo toda a produção ofensiva figueirense. Com ténues contra-ataques, a Lageosa ainda tentou contrariar, mas foi o Figueira a marcar de novo, agora pelo outro ponta de lança, Paulo Jacinto, aos 40’. Também aqui houve, por momentos, a “magia” do futebol. O intervalo não trouxe nada de novo ao jogo, e apesar de não continuar com o fulgor inicial, o Ginásio Figueirense ainda dispôs de mais duas ou três situações claras de golo, que só surgiu a 10’ do fim da contenda, outra vez por Bruno Coutinho. Em suma, vitória fácil num jogo fácil. O Ginásio Figueirense ganha assim novo fulgor com a entrada do novo ano e do novo treinador.
O trabalho do árbitro passou ao lado do jogo, o que é sempre bom quando assim acontece. Uma nota final para o bom momento que a “família” figueirense atravessa. Antes do Natal todas as camadas de formação e seniores juntaram-se à mesa para confraternizar nesta quadra natalícia. Esta iniciativa da direcção vai ao encontro dos desejos do novo técnico, já expressados a “O Interior” na edição passada, que pretende toda a gente unida e motivada em busca de um só objectivo: o título.
Carlos Coelho
