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Figueirense obrigado a sofrer

Açores deixou boa impressão frente a um dos líderes, que teve que suar para dar a volta ao resultado

Inesperadamente, atendendo às classificações das duas equipas, o Ginásio Figueirense sofreu a bom sofrer para conseguir levar os três pontos da deslocação ao terreno do Açores. A equipa do concelho de Celorico da Beira continua sem pontuar, enquanto os visitantes permanecem no topo da classificação, a par do Fornos. O jogo ficou ainda marcado por uma má arbitragem, com a formação local a ter razões de queixa.

Apesar dos homens de Manuel Barbosa terem assumido o controlo da partida desde cedo, a primeira situação de relativo perigo aconteceu para os locais logo aos 4 , quando Valter cabeceou ao lado após um livre. Por volta do quarto-de-hora, o Figueirense viveu o seu melhor período. Aos 16 , Bruno Coutinho, de muito longe, atirou forte levando a bola a embater no poste esquerdo quando Joel já estava fora do lance. Logo depois Cédric teve uma grande jogada na esquerda e, após driblar dois adversários, rematou cruzado muito perto da baliza. A partir daqui, o Açores equilibrou a contenda e, em três ocasiões, causou problemas à defesa adversária nos últimos cinco minutos do primeiro tempo. Na primeira, Fred, após livre de Peixoto, apareceu a rematar forte ao segundo poste, valendo o corte de Manuel Rodrigues. Na segunda, livre na direita para Alcino aparecer, sem qualquer marcação, a desviar a bola, que não foi para a baliza por muito pouco.

Mas à terceira foi de vez. Boa iniciativa de Peixoto na direita, que arrancou um cruzamento largo para o segundo poste onde apareceu Fred, em salto de peixe, a cabecear para o fundo das redes. Um golo que motivou muitos festejos nos atletas da casa. Contudo, o marcador esqueceu-se que já tinha um cartão e despiu a camisola para comemorar, o que lhe valeu o segundo amarelo e a consequente expulsão. No segundo tempo, a jogar contra 10, Manuel Barbosa lançou Zé Tó e a aposta não poderia ter sido mais acertada, já que o avançado marcou logo aos 46 , respondendo da melhor forma a uma boa assistência de Faneca. Contudo, a sua posição deixou algumas dúvidas, tendo os locais reclamado fora-de-jogo. Os visitantes continuaram a pressionar em busca da vitória, enquanto o Açores foi tentando afastar o perigo e colocar a bola no tecnicista Valter. Aos 55 , Faneca, de fora da área, atirou uma “bomba” que o guardião contrário defendeu com alguma dificuldade. À hora de jogo, lance de insistência do ataque figueirense, com Bruno Coutinho a marcar, mas o lance foi invalidado por indicação do assistente.

No entanto, os figueirenses consumaram a reviravolta no marcador aos 75 . Zé Tó tentou o remate, mas acertou mal na bola, que sobrou para Bruno Coutinho encostar para o fundo das redes. Apesar da desvantagem, tanto numérica como no resultado, o Açores ainda empatou aos 91 , só que o golo de Valter foi anulado por indicação do assistente. Uma decisão que nos pareceu errada, pois a bola foi disputada por um jogador de cada equipa antes de ressaltar para o avançado açoreano, que pareceu ter vindo de trás para rematar certeiro. Quem não gostou foi a assistência, enquanto Alcino acabou por ver o segundo amarelo devido aos protestos. O trabalho do jovem trio de arbitragem ficou assim manchado pelas dúvidas nos lances já referenciados, para além de ter mostrado cartões em demasia.

Ricardo Cordeiro

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