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Figueirense goleou em Trancoso

Líder do Distrital não vacilou num campo tradicionalmente difícil

O Ginásio Figueirense continua imparável no Distrital da Guarda, tendo no último domingo obtido uma importante e expressiva vitória em Trancoso, num campo tradicionalmente difícil para os homem de Figueira de Castelo Rodrigo.

Na primeira parte assistiu-se a um excelente jogo de futebol, já que ambas as equipas entraram em campo com vontade de vencer e apesar dos minutos iniciais serem pautados pelo equilíbrio, assistiu-se a uma ligeira supremacia dos visitantes. Contudo, esta superioridade durou pouco com os locais a equilibrarem. Um factor que foi mais visível após a saída por lesão de Zé Santos do Ginásio. Os minutos iam passando e eram os pupilos de Zé Afonso que começavam a criar situações de perigo e não fosse a juventude de alguns atletas locais, certamente, o golo tinha surgido neste período. Quando se pensava que o nulo seria o resultado ao intervalo, chegou um verdadeiro balde de água gelada para os locais, já que o Figueirense inaugurou o marcador por Luís Paulo que aproveitou uma “fífia” da defensiva do Trancoso para fazer o primeiro. Este foi um lance, onde os locais reclamaram fora-de-jogo. Quem fez o golo estava em jogo, mas o mesmo já não se pode dizer de outro atleta do Figueirense que, embora não tenha interferido no lance, estava perto do enfiamento da jogada.

A etapa complementar foi bem diferente, já que o jogo decaiu de qualidade com o Figueirense a controlar o resultado que lhe ia servindo, enquanto o Trancoso procurava o golo do empate, mas, sem grandes soluções, na maioria das vezes, acusou e de que maneira a juventude que é nota dominante na grande maioria do plantel. Apesar da vivacidade da primeira parte não se repetir, pode dizer-se que se assistiu a alguns momentos de bom futebol, especialmente nos últimos minutos, período em que o Figueirense fez o segundo golo, onde uma vez mais a defesa dos locais ficou a ver a bola passar e, assim, complicar muito mais a sua recuperação. Com dois golos de vantagem, os pupilos de Manuel Barbosa geriram esta preciosa vantagem, mas foram os locais que reduziram com um golo de Pedro Pinto. Este tento galvanizou os locais e, por momentos, pensou-se que a reviravolta era possível, embora o tempo fosse já escasso. Também neste golo, e à semelhança do primeiro tento do Figueirense, um jogador do Trancoso estava em posição irregular, mas embora estivesse perto do atleta que marcou o golo não interferiu no lance.

Apesar da reacção dos homens da casa, foram os forasteiros que puxaram dos galões e pouco depois voltavam a marcar em mais um lance de bola parada, onde o último reduto dos locais falhou escandalosamente as marcações, com os homem de Figueira de Castelo Rodrigo a aproveitaram para repor novamente a vantagem de dois golos. Este golo foi, sem dúvida, a machadada final do Figueirense que teria ainda tempo de marcar mais um golo, fechando o marcador em 1-4. Não merece contestação esta vitória do Figueirense, embora muito dilatada para o que se passou em campo.

Quanto ao trio de arbitragem, que foi bastante contestado no final da partida pelo técnico local, teve alguns erros. A somar aos lances já aqui descritos deveria ter puxado, mais do cartão, sobretudo, em algumas “picardias” entre jogadores.

Rui Geraldes/ Rádio Elmo

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