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“Festivaleiros” invadiram Valhelhas

Festival da Serra da Estrela “arrastou” 4.500 pessoas em quatro dias

A música e a agitação própria de um festival de Verão invadiram, no último fim-de-semana, a aldeia de Valhelhas, por ocasião da terceira edição do Festival Serra da Estrela. No final, público e bandas pareceram ter ficado agradados com o evento e o local.

O palco natural em que está inserido é um dos grandes trunfos do festival, que, a cada ano, tem vindo a aumentar a sua popularidade entre os festivaleiros, sendo que a terceira edição “arrastou” até Valhelhas mais de 4.500 pessoas. A pequena aldeia, situada num vale da Serra da Estrela, à beira do rio Zêzere, é cada vez mais procurada pela pacatez e pela beleza das suas paisagens. Mas, por esta altura do ano, é a música que mexe com a vida local. A animação foi uma constante e nada faltou à festa. Durante o dia os “festivaleiros” dividiram-se entre a praia fluvial, as actividades desportivas e radicais, “workshops” de ioga ou até aproveitaram para descansar nas tendas e recarregar “baterias” para a noite. Missy e Mj abriram o palco Zêzere no primeiro dia, seguindo-se os Phoenix Crew e os Clandestinos, duas bandas de “hip hop” da Guarda que participaram na 2ª edição do KaféKomSom, um concurso promovido no café-concerto do TMG. A noite terminou com o célebre Dj The Fox, que fez dançar até de madrugada, apesar da pouca adesão da assistência. Já a segunda noite foi mais concorrida e levou o público à exaustão.

A abrir o palco principal estiveram os guardenses The Zippers, que aqueceram o público para uma noite que se adivinhava longa. Seguiram-se os Mundo Cão, que cantaram e “encantaram” o público com músicas como “Morfina” e “O Caixão da Razão”. Para a banda, a experiência foi «fantástica e só é pena não podermos ficar para amanhã», disseram a “O Interior” após o espectáculo. No entanto, prometeram voltar numa próxima oportunidade. Já com o público bem animado, os Balla não falharam e “agarraram” a assistência levando-a a cantar “Outro Futuro”. Mais tarde subiu ao palco a banda mais esperada pelos mais jovens. O “rap” dos Expensive Soul também não defraudou as expectativas e, no final, todos pediram mais. A animação continuou noite dentro com o Dj Frank Maurel.

Ao ritmo dos sons alternativos

A música alternativa foi o “prato principal” da terceira noite, que abriu com as músicas do mundo dos Dazkarieh. Vieram depois os Souls of Fire, cujo reggae cativou novos e mais velhos, sempre passando mensagens de paz e não se cansando de repetir que Valhelhas era «o paraíso». Um bom aperitivo para os Terrakota e os sons do continente africano, que dizem ser uma «fonte inesgotável de afecto, energia, ritmo e calor». Mas o “prato forte” da noite foram os Primitive Reason. O quarto grupo a actuar levou o público ao rubro. Para os resistentes a noite terminou com a Dj Rita Mendes. No último dia, a música voltou a fazer-se ouvir no palco Zêzere, onde actuaram os The Fury, Sequela, SimonDj e o Dj residente Nuno Cacho. O evento está entre os 10 melhores festivais de Verão e, ao que tudo indica, já é paragem obrigatória na rota dos festivaleiros portugueses.

Tânia Santos

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