Doze propostas em três cidades, assim se vai fazer a oitava edição do Festival Y – Festival de Artes Performativas, que arranca amanhã à noite na Covilhã com a performance musical Tumbala, no Jardim Público.
Organizado pela Quarta Parede até ao final de Outubro, o evento tem também palcos na Guarda e em Torres Vedras, onde acontece, sábado à noite, o segundo espectáculo do cartaz deste ano. Trata-se de “Charanga”, uma peça de teatro físico da companhia Circolando. O Y chega à cidade mais alta a 14 de Outubro, com a performance “Vice-Royale. Vain-Royale. Vile-Royale”, de Sónia Batista, no palco do pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG). Até lá, reparte-se pelos auditórios dos teatros das Beiras e Virgínia (Torres Vedras). Na Covilhã, Patrícia Portela propõe “Audiomenus” em vários locais da cidade. Entre 7 e 9 de Outubro, será possível escolher peças radiofónicas para ouvir à hora do almoço ou na hora do café. Depois é a Quarta Parede que estreia duas produções próprias: o teatro visual “Gota a gota” (20 a 23 de Outubro) e a instalação interactiva multimedia “Corpo Memória Desperdício”. Ainda na Covilhã, o festival prossegue com António Júlio e a performance “200 gr” e o espectáculo de dança “Future Plans”, de David Marques.
Na Guarda, além da criação de Sónia Batista, o TMG acolhe uma produção coreográfica de Antonio Tagliarini & Idoia Zabaleta intitulada “Royal Dance” (21 de Outubro) e a peça de teatro de objectos e multimédia “That’s the story of my life”, por Macarena Recuerda Shepherd (29 de Outubro). O grupo italiano Teatro Necessário e a Companhia Clara Andermatt são outros convidados do Y, mas os respectivos espectáculos acontecem em Torres Vedras. «Num ano particularmente difícil para a cultura, tanto em Portugal como no mundo, a Quarta Parede apresenta um programa que reforça o esforço dos anos anteriores de trazer à região nomes significativos da arte contemporânea, e ao mesmo tempo de se renovar no que concerne à apresentação de criadores que estarão pela primeira vez no festival», destaca o director artístico da companhia covilhanense.
Nesse sentido, participam pela primeira vez no Y as criações de criadores e grupos estrangeiros como Macarena Recuerda Shepherd, Antonio Tagliarini e o Teatro Necessario. Do lado nacional, estreiam-se no festival Clara Andermatt, António Júlio, David Marques, Circolando e o colectivo Tumbala. «É com esta vontade de remar contra os ventos adversos que sopram que esperamos encontrar um público motivado pelas diversas propostas e que preenchem um espaço transdisciplinar alargado nas artes performativas», desafia Rui Sena.