O autodenominado “Campeonato do Mundo do Forcão” realiza-se no sábado, este ano uma semana mais tarde que o habitual para não coincidir com as festividades de Aldeia da Ponte.
O XXXº festival “Ó Forcão Rapazes!” está agendado para a praça de toiros daquela localidade, a partir das 15h30, e é organizado pelas Juntas desta freguesia e dos Forcalhos. Nesta competição, onde não há troféus e todos participam pelo convívio que se segue, entram em liça nove das aldeias com maior tradição na capeia arraiana. Esta mega-capeia, que chega a durar quase cinco horas, envolve equipas representantes de Alfaiates, Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Aldeia Velha, Fóios, Forcalhos, Lageosa da Raia, Ozendo e Soito. Os nove touros da prova são da ganadaria de Zé Noi, ganadeiro dos Forcalhos. José Francisco Nabais, presidente da Junta de Aldeia da Ponte, disse recentemente a O INTERIOR que as expetativas para esta edição são «boas», apesar do festival acontecer uma semana mais tarde que nos anos anteriores. «Receamos que haja menos público porque nessa altura muitos emigrantes já foram embora, mas o sucesso é garantido porque é um evento de que as pessoas gostam», considera.
Em 1986, este acontecimento surgiu sob a forma de um concurso, mas foi transformado em festival para evitar desaguisados entre os participantes e controvérsia. A iniciativa germinou a 13 de janeiro desse ano, em Lisboa, por iniciativa de António Chorão, natural de Aldeia da Ponte, José Oliveira Manso e José Manuel Gusmão, ambos dos Forcalhos, que elaboraram os estatutos de “Ó Forcão Rapazes!”. O objetivo era fomentar o associativismo e preservar tradição do forcão. Em 1987, o evento passou a ser organizado por duas Juntas de Freguesia, que distribuem o lucro gerado pelas oito aldeias participantes, e já na década de 90 eliminou-se a vertente competitiva para o evento se tornar num grande convívio dos “arraianos” e dos aficionados.