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Festival do Vinho tem «elevado potencial»

Evento tem vindo a ser financiado, desde a primeira edição no âmbito do PROVERE Turismo e Património no Vale do Côa

Toda a região de influência do Vale do Côa sai a ganhar» com a realização do

Festival do Vinho do Douro Superior. A convicção é de Dulcineia Catarina Moura, coordenadora da Territórios do Côa – Associação de Desenvolvimento Regional, entidade responsável pela estratégia de eficiência coletiva do PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos) Turismo e Património no Vale do Côa que tem vindo a financiar o certame desde a sua primeira edição.

A coordenadora da Territórios do Côa destaca a «valorização de um produto endógeno de qualidade e a promoção do Alto Douro Vinhateiro» que o certame alcança, para além de ser um evento «com elevado potencial, uma excelente organização» e que de, ano para ano, tem vindo a «incrementar a sua importância para a região». Por estes motivos, Dulcineia Catarina Moura felicita o presidente da Câmara de Foz Côa pela iniciativa, da qual acredita «vivamente que toda a região de influência do Vale do Côa sai a ganhar».

A responsável salienta que a economia associada ao vinho «tem vindo a crescer e a ganhar cada vez mais reconhecimento pela excelência», daí considerar que é uma aposta que «exige muita responsabilidade, mas à qual os vinhos desta região têm vindo a contribuir para a dinamização económica do sector, a nível regional e nacional, a uma escala internacional». A edição deste ano será promovida pela Fundação Côa Parque, o que, no seu entender, «vem destacar a cooperação entre entidades e a harmonia, em perfeita simbiose, entre os dois Patrimónios do Mundo – o Alto Douro Vinhateiro e a Arte Rupestre do Vale do Côa».

A Territórios do Côa é uma associação que visa promover e dinamizar a região de influência do Vale do Côa, «na procura do seu desenvolvimento regional sustentável e participado, recorrendo a todas as iniciativas consideradas úteis à sua prossecução», como a conceção e execução de estratégias, de planos e de projetos de desenvolvimento de base territorial. Integra 10 concelhos: Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, Mogadouro, Pinhel, Sabugal, Torre de Moncorvo, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. Foi constituída no final de 2010 e desde janeiro de 2011 que tem vindo a construir «uma estratégia coerente com o seu objeto social», tendo atualmente sede em Almeida.

A associação é detentora da marca de certificação “Vale do Côa”, tendo desenvolvido um regulamento que «corporiza a constituição de uma rede de promotores», que abrange quatro áreas de atuação: produtos endógenos, restauração, alojamento e animação turística. O objetivo desta estratégia assenta na «valorização do potencial da região e na sua afirmação em termos de oferta turística, responsabilizando os agentes para um serviço de qualidade e suscetível de atrair novos visitantes, cada vez mais ávidos de soluções inovadoras e capazes de se afigurarem como verdadeiras fontes de emoção positiva». Neste âmbito, a responsável salienta a «importância do envolvimento dos agentes locais e dos municípios», assim como «das redes de cooperação entre várias entidades, das quais se destaca a Fundação Côa Parque, em prol de um bem comum, o de afirmar o potencial da região do Vale do Côa».

O trabalho que tem vindo a ser desenvolvido enquadra-se numa estratégia de eficiência coletiva PROVERE, designada de Turismo e Património no Vale do Côa, cujo financiamento é validado pelo Mais Centro e garantido através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Para a coordenação e implementação de um plano de promoção e dinamização do Vale do Côa, a Territórios do Côa contou com um financiamento aprovado que ronda os 1,5 milhões de euros. Dulcineia Catarina Moura considera que uma associação com estas características, «sediada num território de baixa densidade, que carece de escala de afirmação, assume-se de extrema relevância, já que exige, para que o seu trabalho se destaque, um envolvimento de várias entidades e pessoas e porque também depende da cooperação e solidariedade dos vários atores regionais».

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