“Os Imortais”, de António Pedro Vasconcelos, foi considerado a melhor longa-metragem nacional pelo júri do primeiro Festival de Cinema da Covilhã, organizado pelo Inatel e que terminou no último sábado.
A película, que mereceu ainda a atribuição de 2500 euros, é uma adaptação livre da obra “Os Lobos não Usam Coleira” de Carlos Val Ferraz e centra-se num grupo de ex-comandos da guerra colonial, em pleno Verão de 1985. Joaquim de Almeida, Rogério Samora, Joaquim Nicolau e o apresentador Rui Unas são os “imortais” do filme, que conta ainda com as interpretações de actores consagrados, como Nicolau Breyner, Alexandra Lencastre, Maria Rueff e Ana Padrão. A interpretação de Nicolau Breyner n’”Os Imortais”, onde encarna a personagem de um investigador da polícia judiciária perto da reforma, valeu-lhe a distinção de “Melhor Intérprete”, enquanto que Fernando Lopes foi considerado o “Melhor Realizador” em longa-metragem pelo seu filme “Lá fora”. O júri distinguiu ainda Margarida Vilanova com uma “Menção Honrosa” pela sua interpretação no filme “O Milagre Segundo Salomé”, de Mário Barroso. Na categoria de Curta-metragem, o prémio de melhor realizador foi atribuído a Jorge Cramez pela película “Vénus Velvet”, deixando para trás as películas “Interrogatório Legal” de Miguel Ribeiro, “A olhar para cima” de João Figueiras, “Fala Comigo” de Francisco Bravo Figueiras, “O Nome e o N.I.M.” de Inês Oliveira e “Comédia Infeliz” de Artur Serra Araújo.
Já o público considerou “Comédia Infeliz” como a melhor película em curta-metragem, distinguindo ainda Artur Serra Araújo como o melhor realizador nessa categoria. Já na longa-metragem “O Milagre Segundo Salomé” de Mário Barroso arrebatou os prémios de melhor filme e melhor realizador. Naquele que foi o primeiro Festival de Cinema da Covilhã, foi feita uma homenagem póstuma ao realizador Álvaro de Morais como reconhecimento pela sua carreira. Uma menção que foi recebida pela sua irmã Alexandra Morais. Para a próxima edição, o director geral do Inatel da Covilhã, Bernardino Gata, tem o desejo de «melhorar significativamente o festival em termos de prémios, workshops e a presença de realizadores», para além de desejar «alargar ainda mais» o Festival. Uma tarefa que reconhece que será difícil, tendo em conta que apenas se destina ao distrito de Castelo Branco.