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Ferramentas para o sucesso

Editorial – Jornal das Empresas

O investimento em formação e qualificação profissional é uma aposta determinante para o futuro dos portugueses e do país. Quanto mais elevarmos a qualificação profissional dos trabalhadores, mais elevamos a capacidade de produção das empresas.

Durante os últimos 30 anos, com fundos comunitários e com dinheiro do Orçamento de Estado, apostou-se de forma extraordinária na Educação, mas também na formação profissional.

Por todo o país emergiram escolas profissionais que, em pouco tempo, se afirmaram pela capacidade de formar e preparar jovens para entrar no mercado de trabalho.

Ao contrário do que aconteceu com muitos cursos superiores, criados de acordo com as opções políticas ou as carreiras académicas dos corpos docentes e sem relação direta com as necessidades das empresas, o ensino profissional procurou sempre qualificar para o trabalho e, assim, os seus cursos têm sempre uma relação direta com as necessidades do meio.

De resto, o corpo docente das escolas profissionais cedo interpretou a opção e fez todo um percurso de intervenção e formação apostando e inserindo os formandos e alunos num ambiente de trabalho real. Este percurso foi diferente do preconizado historicamente pela “escola” tal como a conhecíamos – cujo padrão, no secundário, sempre foi o ensino “normal” de preparação dos melhores para a vida académica e em que os piores eram excluídos do ensino através do chumbo e mandados para casa, sem qualificação. Hoje tudo mudou. E a via profissionalizante deixou de ser vista como um escape, mas como uma opção, em que se adquirem instrumentos e ferramentas para rapidamente se iniciar a via profissional. Por isso, não é de surpreender que as taxas de empregabilidade dos jovens formados em escolas profissionais sejam elevadas. É esse o caso da Escola Profissional de Trancoso, que começou há 25 anos a preparar profissionais para os mais diversos setores económicos com sucesso.

Luís Baptista-Martins

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