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Feira Ibérica de Turismo: a nova montra da região

O sector do turismo pode constituir um dos principais motores de desenvolvimento da região do “interior”. Mas, para isso, a região terá de investir, decididamente, na promoção e divulgação das suas potencialidades e dos seus principais produtos turísticos.

Neste domínio, a Feira Ibérica de Turismo constitui já uma marca consolidada que projeta a imagem da região muito para lá das suas fronteiras. Dada a sua importância, este certame tem contado com a presença dos autarcas da região, de altas individualidades e agentes económicos, nacionais e estrangeiros. É nestes momentos que se podem estabelecer novos contactos, novas pontes para o desenvolvimento e apresentar aos governantes as principais preocupações das nossas populações. Estranhamente, parece que só o presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo não reconhece a importância deste certame, pois foi o único autarca da região que não esteve presente.

Mas as prioridades do autarca figueirense, e as suas decisões erradas, já não surpreendem ninguém. Com efeito, o seu mandato vai ficar marcado pela decisão precipitada de extinguir a antiga empresa municipal (Figueira Cultura e Tempos Livres, EM), despedindo sem mais, cerca de cinquenta dos seus colaboradores, deixando mais de uma centena e meia de pessoas sem qualquer rendimento disponível para consumir no concelho. Muitas destas famílias já abandonaram Figueira de Castelo Rodrigo à procura de melhores condições de vida noutras paragens.

Além disso, sabe-se hoje que este foi o único concelho do distrito da Guarda que, na sequência da extinção das suas empresas municipais, despediu os funcionários. Até a própria extinção da empresa municipal foi uma decisão errada, como o demonstram as recentes alterações legislativas neste domínio, que reconhecem a excecionalidade das empresas municipais que se dedicam à transação de bens culturais (as quais deixam de estar abrangidas pelas limitações impostas pela lei 50/2012, que regula o sector empresarial local).

Por conseguinte, com a sua inação, as suas hesitações constantes e as suas decisões erradas, o autarca figueirense conduziu o concelho à estagnação económica e social. Infelizmente, além de já ter desperdiçado diversas oportunidades de investimento e de criação de emprego que, inesperadamente, lhe vieram “bater à porta”, o autarca figueirense demonstra uma grande incapacidade para atrair empresas e emprego para o concelho.

Por conseguinte, já ninguém tem dúvidas de que, no final do seu mandato, o atual autarca figueirense vai deixar o concelho muito pior do que estava, quando tomou posse.

António Morgado (Figueira de Castelo Rodrigo), carta recebida por email

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