Entre os dias 23 e 25 deste mês, e pelo quarto ano desde que foi reativada, a Guarda volta a recriar a tradicional Feira de São João, no Largo João de Deus.
Coletividades, associações, artesãos, animadores, grupos de música e teatro, vendedores e artistas populares voltam a ser os protagonistas desta evocação da feira do início do século XX. À venda vão estar produtos tradicionalmente transacionados nas feiras daquela época como mel, fruta, manjericos, azeitonas, doces, compotas, vinho, enguias, brinquedos de madeira, frutos secos, feijão, azeite ou pão. A animação também está garantida, com atividades diferentes de 30 em 30 minutos, com as participações de vários grupos, 17 coletividades do concelho e de companhias e grupos profissionais. Na noite de dia 23 também não faltará a tradicional fogueira e o Baile de S. João com o Duo “Acordeões em Sintonia”. No final, «a matrafona será incendiada numa tentativa de evocar de forma fiel o ambiente que se vivia nas chamadas feiras antigas», realça Américo Rodrigues. O diretor da Culturguarda que organiza o evento, em parceria com a Câmara da Guarda, defende que a Feira de São João «contribui para a dinamização do Centro Histórico, do turismo e da economia local». De resto, sustenta que «é o único momento do ano em que na Guarda se pode tomar contacto e adquirirem-se no mesmo local estes produtos típicos que fazem parte do nosso imaginário coletivo», salienta.
O responsável assegura que a iniciativa tem registado «um grande sucesso junto das pessoas que vendem os produtos tradicionais mas também dos potenciais consumidores». Neste sentido, a feira vai contar com a participação de 50 expositores e «não há mais porque não há espaço para mais», daí indicar que «estamos a encarar a hipótese de estender o território desta feira para a Rua Infante D. Henrique». A edição deste ano representa um custo global de 23 mil euros, comparticipados pelo FEDER em 80 por cento. Igualmente presente na apresentação do evento esteve Virgílio Bento, vereador da Cultura na autarquia guardense, que reforçou que a feira «contribui para a dinamização do Centro Histórico», salientando ainda o «envolvimento de muitas coletividades do concelho». No último dia, sábado, merece destaque o concerto de Fernando Tordo no TMG.
Ricardo Cordeiro
