A fase “Bravo” de combate a incêndios florestais começou anteontem em Portugal com mais de seis mil bombeiros operacionais, num ano atípico em que a área ardida já é cinco vezes superior à registada no período homólogo em 2011.
Segundo a Autoridade Florestal Nacional (AFN), os fogos consumiram, nos primeiros quatro meses do ano, 3.129 hectares no distrito da Guarda. No ano passado, a área ardida foi inferior aos 700 hectares entre 1 de janeiro e 30 de abril. O último resumo estatístico provisório da AFN revela que neste período registaram-se 328 ocorrências no distrito da Guarda, sobretudo incêndios florestais (213), em que a área ardida foi superior a um hectare. As chamas consumiram predominantemente matos (2.349 hectares). No ano passado, entre 1 de janeiro e 31 de outubro, as chamas consumiram 10.933 hectares no distrito, que foi o segundo mais afetado pelos fogos em Portugal.
Entre 1 de janeiro e 30 de abril, arderam no país 33.019 hectares de floresta (6.406 em 2011), sendo mais afetados os distritos Braga (8.534 hectares) e Bragança (5.628).
Durante a fase “Bravo” – a segunda mais crítica no combate e que se prolonga até 30 de junho – vão estar operacionais 6.271 elementos, 1.577 veículos, 28 meios aéreos e 70 postos de vigia. O Ministério da Administração Interna garante que nesta fase haverá um reforço do dispositivo em relação a 2011, principalmente dos meios aéreos, que passam de 24 para 28. Estes meios vão aumentando ao longo da fase “Bravo”, começando com sete até 31 de maio, aumentando para 24 até 15 de junho, chegando depois aos 28. A época mais crítica de incêndios florestais, a fase “Charlie”, começa a 1 de julho.
