Os pais de José Joaquim Barrancos, ex-militar da GNR e uma das vítimas mortais do acidente ocorrido em outubro de 2012 na A23, perto de Belmonte, quando uma viatura abalroou um carro do Destacamento de Trânsito da Guarda, vão receber do Estado uma indemnização de 121.250 euros.
De acordo com um despacho publicado na semana passada no “Diário da República” e assinado pelos ministros da Administração Interna e das Finanças, o ex-guarda natural de Vilar Formoso «foi vítima de acidente mortal ocorrido em serviço e diretamente decorrente dos riscos próprios da atividade policial ou de segurança». De acordo com o relatório de inquérito, homologado pelo comandante-geral da GNR, «estão reunidos os necessários pressupostos para a atribuição da compensação especial por morte, uma vez que ocorreu durante a execução de um serviço específico de militar da GNR e no desempenho das suas funções de agente de autoridade». Observados «todos os requisitos legais», o despacho determina que é concedida «conjuntamente» a José Francisco Barrancos e Elvira Soares Valente, pai e mãe do guarda falecido, e «únicos herdeiros beneficiários», a compensação de 121.250 euros.
José Joaquim Barrancos era solteiro e tinha 32 anos. Esta semana deverá ser publicado no “DR” a indemnização a atribuir ao ex-cabo Marco Cruz, também falecido na sequência do embate, natural de Castro Daire (Viseu) que tinha 33 anos e deixou uma filha de cinco anos e a esposa grávida. Os dois militares do Destacamento de Trânsito da GNR da Guarda faleceram a 9 de outubro de 2012 na A23, nas proximidades de Belmonte, em consequência de uma aparatosa colisão que causou ferimentos graves noutro militar e no condutor do veículo civil que abalroou o carro da patrulha. Mais de um ano depois, o processo continua em fase de investigação por parte do Núcleo de Crimes de Acidentes de Viação da GNR de Castelo Branco.
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