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«Faltava uma instituição que desse uma resposta formativa e educativa a jovens deficientes»

Cara a Cara – Entrevista

P – Qual o objectivo que esteve na origem da criação da APPACDM da Covilhã em 2006?

R – A APPACDM da Covilhã resulta da necessidade sentida pelos pais de jovens deficientes do concelho em terem uma instituição que desse uma resposta técnica e pedagógica de qualidade aos seus filhos. Dado que não existia, há cerca de dois anos demos início à construção dessa resposta, a APPACDM, que já é uma IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social. Foi esse o principal objectivo que esteve na criação desta associação.

P – Era uma associação que, no seu entender, fazia falta na região?

R – Fazia falta porque não existia nenhuma instituição que desse essa resposta pedagógica, formativa e educativa a jovens deficientes.

P – A abertura da instituição nas antigas instalações da PSP está prevista para quando? São necessárias obras de adaptação?

R – Nós pensamos abrir inicialmente com uma das valências que pretendemos realizar, que é um Centro de Actividades Ocupacionais (CAO). De resto, a Câmara da Covilhã, que nos tem apoiado desde o primeiro minuto, comunicou-nos a cedência das antigas instalações da PSP e, como é público, a transferência da Polícia para a nova esquadra aconteceu há poucas semanas. Mas são precisas algumas intervenções naquele espaço, nomeadamente ao nível das acessibilidades, e portanto é isso que agora irá acontecer. Não há uma data prevista para a abertura, embora tenhamos tudo preparado, quer a nível dos recursos humanos, quer a nível dos técnicos necessários para desenvolver essa actividade. Mas penso que a abertura irá ocorrer a muito curto prazo.

P – Quais as valências de que vai dispor?

R – Para já, vai funcionar apenas o CAO. Contudo, a ambição da instituição é vir a ter, no futuro, as valências necessárias de modo a acompanhar o ciclo de vida do cidadão deficiente, nomeadamente a nível socio-educativo e de formação profissional. Para já, o que vamos fazer é abrir a valência do CAO, que responde às necessidades sentidas. Neste momento, já temos mais de 20 inscrições. No futuro, quando houver disponibilidade e condições para procedermos à sua instalação, pensamos abrir outras valências.

P – A associação está preparada para acolher quantos utentes?

R – Em termos de regulamentação existente, um CAO desta natureza, porque existe legislação nesta área, pode albergar cerca de 30 utentes. Para já iremos abrir, penso eu, com 20 e poucos, mas temos capacidade para suportar 30, caso haja necessidade.

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