A grande maioria das estradas municipais, do abastecimento de água às freguesias e à cidade, as novas ruas e escolas da Guarda passaram-lhe pelas mãos. Almiro Gomes Lopes faleceu em Lisboa aos 86 anos.
O engenheiro civil nasceu a 19 de Junho de 1920, em Cidadelhe (Pinhel). Estudou no Liceu da cidade mais alta do país, tendo ingressado posteriormente na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, onde se formou em Engenharia Civil. Acabou, no entanto, por regressar à Guarda em 1947 para a extinta Federação dos Municípios da Beira Serra. Nove anos depois, Pina Gomes, então presidente da Câmara da Guarda, convidou-o para ingressar no gabinete de serviços técnicos da autarquia, onde exerceu funções de direcção durante mais de 40 anos. Foi o período das estradas municipais, do abastecimento de água através do Mondego, das escolas da Guarda-Gare, Lameirinhas e Santa Zita, ou da grande remodelação do Hotel de Turismo. Mas também da abertura de novas ruas como a Pedro Álvares Cabral, a Francisco Patrício ou a Duque de Bragança, novas fronteiras que delimitavam então a área rural e o espaço urbano. Após a sua aposentação, em 1990, passou a exercer funções de perito judicial. Pertenceu ainda à direcção do Lactário Dr. Proença de Carvalho, tendo-se dedicado durante esse tempo à criação do jardim de infância daquela instituição. Esteve igualmente ligado ao Movimento de Acção Católica e a vários cursos católicos.
