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Faixas de campeão a caminho de Fornos

Empate em Aguiar da Beira coloca formação de Paulo Barra mais perto do título Distrital

No jogo grande da jornada 26, que poderia ter alguma influência na luta pelo título do Distrital da Guarda, o Fornos de Algodres foi obter um precioso empate em Aguiar da Beira, segundo classificado, o que lhe permite ficar muito perto da conquista do campeonato. De facto, os pupilos de Paulo Barra poderão festejar o título já este fim-de-semana caso vençam a Lageosa e o Aguiar não ganhe ao Mileu na Guarda.

O desafio começou equilibrado com as duas equipas a arriscarem muito pouco, preocupando-se mais em defender do que em atacar. Quem perdeu foi o muito público presente, já que assistiu nos primeiros minutos a um jogo muito disputado, especialmente na zona do meio-campo. Foi preciso esperar pelos 22 para a primeira jogada de perigo, mas Carlitos opôs-se bem a um remate de Rui Ramos, de livre directo em zona frontal. No minuto seguinte, o Aguiar respondeu com Centeio, numa jogada de insistência na área contrária, a aproveitar um ressalto para rematar contra um adversário com a bola a mudar de trajectória e a quase trair Inácio. Nada mais a registar até final do primeiro tempo. Na segunda parte, o jogo continuou com a mesma toada, embora o Aguiar, a quem só a vitória interessava, exercesse um maior domínio sobre o adversário. Contudo, a jogar em contra-ataque, foi o Fornos que criou o primeiro lance de perigo. Aos 51 , após um lançamento lateral na esquerda, Bruno, ao segundo poste, cabeceou à trave perante a desconcentração da defesa do Aguiar, Carlitos incluído.

Três minutos depois, Válter marcou um livre na esquerda com Pedro Mendes a aparecer, sem marcação, e a cabecear à figura de Carlitos. A seguir, aos 58 , foi a vez do Aguiar estar perto do golo, mas Centeio cabeceou muito perto do poste, após um livre na direita. A pressão dos locais foi-se intensificando com o passar dos minutos e aos 72 , os homens da casa reclamaram uma grande penalidade quando Agostinho caiu no chão após contacto de um adversário. Aos 75 , de novo em contra-ataque, o Fornos criou muito perigo, mas Lote chegou ligeiramente atrasado a um cruzamento da direita. A partir daqui só deu Aguiar da Beira, contudo os homens de Totá, que deu constantemente indicações aos seus atletas, acusaram muito nervosismo e atacaram sempre mais com o “coração” do que com a cabeça. Ainda assim, conseguiram criar mais duas oportunidades de perigo até ao apito final. Primeiro, aos 84 , após uma jogada de insistência, Nuno Sena rematou ao lado. Depois, já em tempo de compensações, Varandas apareceu em excelente posição na área do Fornos, mas, frente à baliza, optou por fintar um adversário em vez de rematar de primeira e o lance gorou-se.

João Adónis fez um trabalho regular, mas “esqueceu-se” de que tinha levado cartões consigo, já que, nomeadamente na segunda parte, houve alguns lances que justificavam a sua amostragem. No final, Totá afirmou que a sua equipa «fez tudo por tudo para tentar ganhar o jogo», mas reconheceu que o Fornos «defendeu muito bem e tem mérito neste empate». De resto, admite que o título «não passa agora de uma miragem», dizendo que o Aguiar vai tentar ocupar «o primeiro lugar dos últimos, que é o segundo». Quanto a Paulo Barra, mostrou-se bastante satisfeito e frisou que o Fornos «acabou por ter a felicidade de empatar», sublinhando que «já este domingo ou no seguinte seremos campeões».

Ricardo Cordeiro

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