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Externato deixa de ter ensino secundário

Alpedrinha

A dois meses do início do ano letivo, o Governo cessou o contrato para abertura do 10º ano no Externato Capitão Santiago de Carvalho, de Alpedrinha (Fundão), iniciando-se assim «a destruição do ensino secundário» naquela localidade, denuncia o PSD.

O partido condena «veementemente este ataque clamoroso ao direito à educação dos nossos jovens» e a quem «aqui quer criar os seus filhos». «O Governo, o Partido Socialista e a maioria de esquerda demonstram um enorme desprezo pelos alunos e pelas suas famílias, avisando-os a escassos meses do início do ano letivo que terão que procurar outra escola», lê-se num comunicado divulgado na semana passada. Um abaixo-assinado contra a medida já está a circular, mas o presidente da Câmara pede mais ações «tal é a gravidade desta decisão». Em conferência de imprensa, Paulo Fernandes disse haver «falta de consistência» nos critérios que determinaram o fim do 10º ano em Alpedrinha. E o primeiro é que não há falta de alunos, pois, segundo o diretor do Externato, há jovens suficientes para formar uma turma.

«Temos 19 interessados em frequentar o 10º ano na nossa escola, 16 dos quais da nossa área de influência, superando o número de 15 alunos que o Estado diz ser necessário para abrir uma turma», revelou António Santiago na mesma iniciativa. Na sua opinião, «grande parte desses estudantes estarão condenados ao abandono escolar porque para frequentar uma escola vão ter que se levantar às cinco da manhã e regressar a casa às oito da noite». As Juntas de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, Orca, Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo, Castelo Novo e Soalheira, a zona de abrangência do Externato, onde estudam 180 jovens do 5º ao 12º ano, já se solidarizaram com o protesto.

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