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Expositores com boas expectativas para Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira

A nona edição da Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira realiza-se nos próximos dois fins-de-semana e conta com 90 expositores, entre produtores de fumeiro, de queijo, vinhos, pão, doces e outros produtos regionais, e 20 artesãos.

Entre os participantes, o otimismo é a nota dominante. Jorge Lourenço, da Vinilourenço, Lda (Mêda), refere que «no setor dos vinhos, as feiras são bastante importantes em termos de divulgação». Já em termos de vendas, o responsável diz que «são bastante reduzidas, pois o vinho não é o produto que mais vende e muitas vezes nem dá para pagar a quem está no stand». No entanto, lembra que, «nalgumas ocasiões, só por um cliente pode valer a pena a participação na feira», concluindo que «é uma aposta que tem de ser feita». Também José Aires, produtor de queijo de ovelha artesanal de Celorico da Beira, confessa ter boas expectativas, porque «Trancoso é Trancoso», expressão que explica com o facto da cidade «representar um bom mercado, com feiras fortes que atraem muita gente, sendo esta Feira do Fumeiro talvez a mais forte de todas».

O produtor baseia o seu otimismo nos «bons resultados» obtidos nas edições anteriores e salienta a importância deste tipo de eventos na divulgação da sua atividade, afirmando que «não podemos ficar só pelas quintas a fazer o queijo, temos de aparecer e participar nestes certames é uma boa forma de o fazer. Já somos pequenos e se não houvesse estas feiras ainda seria pior», acredita. Por sua vez, Ilídio Rodrigues, das Carnes Rodrigues, Lda (Trancoso), destaca a mobilização de público que o certame proporciona com «dois fins-de-semana de excelência e tradição». O empresário lembra que «há uma retração, por força da crise, mas as feiras, sobretudo as anuais, não são as mais penalizadas». E acrescenta: «Como é apenas uma vez ao ano, as pessoas libertam-se mais e sentem-se menos compelidas a poupar», refere. Ilídio Rodrigues considera que o evento «é importante para a região, para as empresas e para o comércio local, já que movimenta o mercado e representa um acréscimo nas vendas por atrair muita gente, e havendo gente, há comércio».

Festival Gastronómico: as expectativas dos participantes

A quinta edição do Festival Gastronómico decorre em simultâneo com a Feira do Fumeiro, e pretende promover a gastronomia da região. Este ano, participam oito restaurantes, todos de Trancoso.

Júlio Rente, do Restaurante Área Benta, mostra-se «otimista», apesar das portagens, que diz poderem «influenciar o número de visitantes». «Mas, como nos outros anos correu bem, só posso ter boas expectativas para esta edição também», afirma, sublinhando também «a importância evidente da divulgação» que o Festival Gastronómico representa.

Rosa Gouveia, do Restaurante São Marcos, chama também a atenção para as edições anteriores, que «correram muito bem e valeu inteiramente a pena participar». «Esta iniciativa tem sido um sucesso, principalmente no primeiro fim-de-semana, que traz sempre muita gente», acrescenta. A crise «está presente, há alguma quebra, mas quando as pessoas estão a comer não falam em crise», afirma. Rosa Gouveia destaca também a divulgação proporcionada pelo evento, referindo que «estas iniciativas são sempre boas para publicitar», e que «trazem até Trancoso potenciais novos clientes, sobretudo das zonas do litoral».

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