Em virtude do sucesso registado nas edições anteriores, pela primeira vez, a Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira vai prolongar-se por
dois fins-de-semana. Assim, Trancoso volta a ser a capital gastronómica desta região já a partir de amanhã e até domingo e dias 14 e 15. Na sexta edição do certame, organizado pela Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA), não vão faltar os tão apetecidos enchidos, queijos, vinhos, azeites, pão, doces regionais e produtos artesanais. Ingredientes que a juntar ao aumento do número de dias levam os expositores acreditar que o evento vai atrair ainda mais gente ao Pavilhão Multiusos da “cidade de Bandarra”.
A “Salsicharia Coelho”, sedeada em Freches, participa desde o primeiro ano do evento que é «muito importante para a promoção e divulgação dos nossos produtos», salienta Nuno Coelho. O produtor de enchidos e fumados tem «boas expectativas» para o evento, até porque nos anos anteriores vendeu «bem» e, por outro lado, «a Feira tem vindo a crescer e este ano deve ter muito mais gente» por ter mais dias de duração. De resto, o empresário recorda que «ao início não estava muito inclinado para participar, mas ainda bem que fui», reconhece, salientando que costuma ter clientes «um pouco de todo o país, mais da zona Norte», embora também «apareçam pessoas do Sul». Quem também vai fazer o pleno a nível de participações é a “Casa da Prisca” que «à semelhança daquilo que tem acontecido nas edições anteriores», tem «expectativas um pouco elevadas», daí que «pensamos vender uma boa quantidade de produto, mas, acima de tudo, contribuir para a divulgação destes produtos na nossa região e consagrar definitivamente Trancoso como a Capital do Fumeiro do Nordeste da Beira». António Plácido enaltece ainda que «mais importante do que as vendas que possamos obter, a promoção e a divulgação dos nossos produtos para possibilitar compras futuras é a nossa principal motivação». Em destaque no stand da empresa trancosense vão estar os fumeiros como a chouriça, a morcela, o farinheiro, o salpicão, o bucho, a moira e o presunto, mas também as compotas e as originais Sardinhas Doces de Trancoso. O empresário defende que a «probabilidade» da Feira deste ano ter mais gente é «muito grande», ressalvando que «para sabermos se efectivamente vale a pena haveria sempre primeiro que experimentar». Por outro lado, «cada ano que passa podemos constatar que o número de clientes que temos tido oriundos de outras regiões é maior», o que, em sua opinião, fica a dever-se ao «grande esforço que a organização tem vindo a desenvolver ao nível da divulgação» do evento.
A “Quinta da Canameira”, localizada no Vale de Longroiva entre a Mêda e Vila Nova de Foz Côa, vai fazer a sua segunda participação no certame, expondo os seus vinhos. «Esperamos sempre um ano melhor que o outro, não tanto pelas vendas, mais para dar a conhecer os nossos produtos e para negócios a posteriori», frisa Tiago Sampaio e Mello, que aguarda uma «Feira ainda mais forte, por ir ter mais expositores e mais dias». Elogiando uma Feira «belíssima e única na região», o empresário lamenta só ter participado no ano passado, salientando que teve «muita gente de fora da região», o que proporcionou «muitos contactos frutíferos para o futuro». Também a “Lacticínios Monte Verão”, de Vale de Azares, vê na Feira do Fumeiro uma «boa oportunidade» para «divulgar» os seus produtos. Óscar Mendes indica que participou nas três primeiras edições, e que o negócio «não correspondeu às expectativas», mas que teve informações de que o ano passado «correu muito bem e que terá sido o melhor ano em termos de adesão». Assim, crê que «possa correr melhor» e que volte a aparecer «muita gente de fora», até porque a AENEBEIRA tem «trabalhado bem na divulgação».
