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Exposição mostra a “Metamorfose do Burel” na Real Fábrica Veiga

Covilhã

É inaugurada hoje (17 horas) na galeria da Real Fábrica Veiga, do Museu de Lanifícios da UBI, a exposição “Metamorfoses do Burel” constituída por vinte peças da autoria de Vasco Pereira.

O artista natural e residente na Covilhã, que detém a marca “Ponto a Ponto – Interior Design”, apresenta o burel como um tecido icónico por aliar a tradição à inovação. O burel classificava-se no grupo dos “panos ordinários”, de grande uso no país sobretudo até ao séc. XVI, desde a Galiza ao Algarve, mas que continuou a ser produzido até ao século XIX. Considerado um “pano” para clérigos e profanos, este tecido foi símbolo de pobreza e riqueza ou de dor e luto, usado no vestuário, em mantas e em cobertores pelas camadas mais pobres da população, sobretudo rurais, pelos frades franciscanos e até por reis, como manifestação de luto e de pesar. Atualmente, o burel está muito associado às regiões montanhosas, como a Serra da Estrela, e às capas dos pastores, que serviam para tudo, inclusivamente para manta de agasalho e impermeável. A exposição fica patente até 28 de fevereiro e tem entrada livre.

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