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Exposição itinerante no Museu do Sabugal

Sobre “O Espírito dos Lugares – Cenários para um património imaterial”

No Museu Municipal do Sabugal está patente a exposição “O Espírito dos Lugares – Cenários para um património imaterial”, desde sábado até dia 21. Ali, retrata-se a identidade cultural do distrito através de uma mostra que transmite saberes e práticas que foram passando de geração em geração. Trata-se de uma exposição itinerante que pertence ao Museu da Guarda.

A mostra está dividida em núcleos temáticos, com destaque para as componentes festa, trabalho, quotidiano, oralidade, e outras. Conta também com a presença de um levantamento etnográfico de Quadrazais, onde constam todos os usos e costumes daquela aldeia do concelho do Sabugal, inclusive a música “A Quadrazenha”, reproduzida há algum tempo por uma idosa de 83 anos. A itinerância da exposição é mérito do Museu e dos Amigos do Museu. Foi definida como etapa importantíssima do projecto, mal se começaram os primeiros estudos e trabalhos preparatórios de evento. Depois de ter percorrido diversos concelhos do distrito da Guarda, a exposição chega agora ao Sabugal onde será enriquecida por alguns objectos etnográficos recolhidos junto da população local «demonstrando que qualquer comunidade reconhece, no espaço em que vive, sinais identitários que consolidam a memória social». De resto, a quantidade de objectos expostos não é excessiva para não retirar protagonismo ao património imaterial que pretende ser revelado, o mais importante serão os textos e as fotografias.

O designado património cultural imaterial é constituído pelas práticas, pelas representações, pelos conhecimentos, assim como pelos objectos, artefactos e espaços culturais com eles associados, que as comunidades reconhecem como parte da sua identidade colectiva. Este património, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e pelos grupos em resposta à interacção com a história e a natureza dessas práticas, proporcionando sentimentos de identidade e continuidade desta diversidade. Até porque a dimensão do património imaterial do Distrito da Guarda não caberia nesta exposição.

Por isso partindo exclusivamente da colecção de fotografia do Museu da Guarda, mais concretamente das obras de António Correia, que através da sua objectiva registou estilos de vida tradicional, folclore, rituais e costumes, vincula-se o passado ao presente e dá-se visibilidade ao trabalho desenvolvido por estudiosos do meio local que, na década de quarenta, inventariam os traços culturais que identificam as gentes. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira das 9 horas às 12h30 e das 14 horas às 17h30, e nos fins de semana das 14h30 às 18h30.

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