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Explosão em escola primária causa sete feridos ligeiros

Caldeira de salamandra para aquecimento da EB1 da Carvalheira rebentou no primeiro dia de aulas após as férias da Páscoa

O rebentamento da caldeira de uma salamandra a lenha para aquecimento na escola EB 1 da Carvalheira, na freguesia de Santana D’Azinha, a dezena e meio de quilómetros da Guarda, causou, na segunda-feira, ferimentos ligeiros em seis alunos e na professora, além de danos materiais no edifício.

«Foi um milagre haver só feridos ligeiros», admite Paulo Sequeira, adjunto do comando dos Bombeiros da Guarda, ao referir que na sala havia 15 crianças que frequentam os quatro anos do ensino básico. «Quando chegámos ao local já os alunos tinham sido retirados pelas janelas, mas estavam assustados. Além disso, não houve incêndio, como nos tinham dito», acrescentou, considerando que a evacuação do edifício e os comportamentos de segurança foram seguidos «de forma exemplar». Os feridos, que sofreram «pequenas escoriações», foram transportados para o Hospital Sousa Martins por medida de precaução, tendo alguns deles regressado cerca de duas depois do rebentamento. Maria Helena Faria, educadora de infância, estava na divisão contígua quando se deu a explosão e foi uma das primeiras a entrar na sala: «Havia uma nuvem de fumo e o caos. Pensei que estavam todos mortos», conta, ainda pouco refeita do susto.

«Ajudei no que pude, sobretudo a manter a calma porque as crianças estavam desorientadas e muito assustadas», declarou, dizendo não encontrar explicação para o sucedido. «A caldeira estava a funcionar bem, até porque foi instalada há cerca de dois meses», revelou. Quem também não vai esquecer o estrondo tão depressa é o pequeno Rodrigo, de oito anos: «Estávamos a escrever um texto sobre as férias da Páscoa quando vimos os vidros a partirem-se e depois muito fumo. Fiquei muito assustado, mas com a ajuda da professora conseguimos sair da escola», contou. Presente no local, o vereador com o pelouro da Educação na Câmara da Guarda adiantou que o incidente vai acelerar a instalação de aquecimento a gás natural ou mazute nas escolas que ainda possuem salamandras: «Nunca houve um problema até hoje. As autoridades estão a investigar as causas do rebentamento, que poderá ter acontecido devido, eventualmente, ao aumento da pressão na caldeira», disse Virgílio Bento.

De resto, a GNR esteve na escola para investigar o sucedido, enquanto os bombeiros mobilizaram 22 homens, sete ambulâncias e um veículo de combate a incêndios. As aulas foram retomadas na terça-feira num edifício próximo da escola, onde já funciona o ATL e a componente de apoio à família.

Luis Martins «Foi um milagre haver só feridos ligeiros», admitem as autoridades

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