Arquivo

Explosão destrói café em Vila Franca da Serra

Três feridos graves internados nos Hospitais da Universidade de Coimbra com prognóstico reservado devido a queimaduras em cerca de 80 por cento do corpo

Uma explosão no Café Avenida, em Vila Franca da Serra (Gouveia), na madrugada de segunda-feira, causou seis feridos, três dos quais tiveram que ser internados na Unidade de Queimados dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), para onde foram transportados de helicóptero. Segundo as autoridades, o rebentamento terá sido provocado por uma fuga de gás.

Na segunda-feira, mais do que o susto, aquilo que recordavam alguns populares era a imagem do seu proprietário. «Estava completamente queimado, mas a andar pelo seu próprio pé e a falar com as autoridades até ser levado pelo INEM», adianta Tiago Martins, um dos muitos vilafranqueses que acorreu ao local pouco depois da meia-noite. «Havia muitos destroços e, no meio da confusão, avistei o senhor Júlio sentado, completamente queimado. Foi uma imagem arrepiante», acrescenta Alípio Lopes, que também testemunhou o pânico do casal que mora por cima do café e não via a hora de sair do edifício. «Estiveram quase a saltar para a rua, porque os bombeiros não tinham escada, mas lá se conseguiu arranjar uma para os fazer descer», refere. Este casal e um dos filhos ficaram feridos sem gravidade, tendo sido assistidos no Centro de Saúde de Gouveia e regressado à aldeia para casa de familiares.

Menos sorte tiveram Júlio Santos, de 52 anos, a esposa, de 40, e a sogra, com cerca de 80 anos de idade, os únicos que se encontravam no café àquela hora, que tiveram que ser transferidos de helicóptero para os HUC devido às queimaduras. Ao final da manhã soube-se que os três feridos graves seriam internados na Unidade de Queimados com prognóstico «extremamente reservado» e ventilação artificial. «As vítimas apresentam queimaduras extensas que abrangem 60 a 80 por cento da superfície corporal e também queimaduras inalatórias. Não há outras lesões traumáticas», referiu uma nota do gabinete de comunicação dos HUC. À mesma hora, na Avenida Dr. Mário Figueira, dezenas de populares tentavam acompanhar as perícias dos investigadores da Polícia Judiciária, chamados ao local para apurar as causas da explosão, alegadamente provocada por uma fuga de gás. Mas também tirar as medidas ao abaulamento de uma das fachadas do edifício, cuja saliência ameaça fazer ruir a estrutura.

De resto, o serviço municipal de Protecção Civil vedou ontem o local e proibiu a passagem de peões e veículos nas imediações, onde ainda eram visíveis as portas e demais destroços projectados pela explosão até cerca de 50 metros. «O rebentamento foi tão violento que destruiu o café e danificou seriamente a estrutura e o interior do prédio», acrescentou Carlos Soares, comandante dos bombeiros de Gouveia.

Peritos da PJ estiveram no local para apurar as causas da explosão, alegadamente provocada por uma fuga de gás

Explosão destrói café em Vila Franca da Serra

Sobre o autor

Leave a Reply