O edifício dos Paços do Concelho acolhe desde a semana passada um gabinete de atendimento ao público do Exército português. Trata-se do terceiro serviço a funcionar no país – já existe em Chaves e Castelo Branco – e está associado ao Centro de Recrutamento de Viseu.
O protocolo celebrado com a Câmara da Guarda, que cede as instalações, insere-se na estratégia de recrutamento contínuo de elementos para as Forças Armadas com vista à prestação do serviço militar nos regimes de contrato e de voluntariado. Mas os cidadãos também poderão obter informações e certidões sem ter que se deslocar a Viseu. «É uma Loja do Cidadão militar», esclareceu o major-general Hugo Borges, reconhecendo a utilidade deste serviço num distrito marcado pela emigração e por uma «grande apetência para a vida militar» por parte dos jovens. «É uma boa oportunidade profissional», sublinhou. Por sua vez, o presidente da Câmara considerou que o gabinete vai «facilitar a vida aos munícipes», afirmando que esta opção do Exército é um «sinal de descentralização». Nesse sentido, Joaquim Valente lembrou ainda que o poder local é «um parceiro importante para a administração central e militar estar mais próxima dos cidadãos». O posto funciona em horário de expediente no rés-do-chão da Câmara, onde dois militares, que vêm diariamente de Viseu, poderão prestar as informações necessárias aos interessados.
Entretanto, o gabinete está já a tratar do recenseamento militar para os jovens nascidos em 1989, a decorrer este mês. Este acto, que deve ser feito na Câmara da área de residência, tem carácter obrigatório, sendo o incumprimento passível de coimas que podem ir dos 250 aos 1.250 euros, para além do cidadão ficar numa situação militar irregular. Já para as raparigas, o recenseamento é facultativo.