A Câmara da Covilhã acusa alguns membros da concelhia local do PSD de serem «ignorantes», «oportunistas de última hora», «radicais» e «inimputáveis do ponto de vista político e partidário». Em resposta às acusações feitas na semana passada pelo líder Francisco Castelo Branco, que criticou a ação social da autarquia, o município sugere a «demissão imediata» da concelhia.
Em conferência de imprensa, o vereador Paulo Rosa apresentou alguns dados sobre a ação social da Câmara liderada por Carlos Pinto e acusou a concelhia de «ignorância», sustentando que as declarações proferidas por «uns sujeitos do PSD, de que não se conhece qualquer ação neste domínio, carecem de um mínimo de conhecimento das realidades sociais do concelho». O eleito, que falou em nome do município, defendeu que os elementos da concelhia são «ignorantes quanto à ação social municipal», mas também porque, «apenas terão despertado agora para as questões sociais», desconhecendo que a Câmara «há mais de três anos, e antecipando as dificuldades que aí vinham, colocou equipas no terreno para localização de qualquer caso de necessidade alimentar e outras emergências básicas». Paulo Rosa afirmou também que a concelhia é composta por «oportunistas de última hora» e por pessoas «inimputáveis do ponto de vista político e partidário», quando «atacam uma Câmara justamente reeleita sob a sigla daquele partido».
O eleito sustentou que este comportamento significa que «não passam de radicais, parecendo disputar o espaço do Bloco de Esquerda» e que «um mínimo de lucidez e perceção pública dos resultados destas posições deveria levar ao único gesto decente que se esperaria depois desta afronta aos sociais-democratas eleitos pelo povo: demissão imediata». Paulo Rosa assegurou que os autores «destes ataques à Câmara» vão ter «a resposta adequada» e vaticinou que esta “guerra” «levará o PSD a ser a quarta força política» nas autárquicas de 2013. «Qualquer solução é melhor do que a que esta comissão política preconiza», considerou, tendo revelado que na próxima semana deverá haver novidades sobre uma candidatura independente à autarquia.
Ricardo Cordeiro