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Ex-trabalhadores da Nova Penteação escrevem ao Tribunal Constitucional

Antigos funcionários da fábrica de lanifícios querem celeridade na resolução do processo que se arrasta nos tribunais há quatro anos

Um grupo de 300 ex-trabalhadores da Nova Penteação vai escrever uma carta colectiva ao Tribunal Constitucional a solicitar celeridade na resolução do processo, que se vem arrastando nos tribunais há cerca de quatro anos, muito por culpa dos vários recursos que o empresário Rui Cardoso tem apresentado a contestar a aquisição da fábrica de lanifícios por Paulo de Oliveira. Esta medida foi acordada no passado sábado numa reunião entre os antigos operários da empresa sedeada no Parque Industrial do Canhoso, hoje designada por Tessimax, e o Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), depois de saberem que os dois empresários não conseguem chagar a acordo que permita a resolução do diferendo. Com esta carta colectiva, os antigos trabalhadores esperam poder «sensibilizar o Tribunal Constitucional para as dificuldades que se encontram a atravessar neste momento», explicou Luís Garra, presidente do STBB. O dirigente realçou que «os trabalhadores possuem recursos financeiros muito pequenos e muitos deles ainda estão desempregados», daí que «aquele dinheiro faz muita falta», reforçou. De referir que por pagar ainda estão os últimos 25 por cento dos créditos a 300 ex-trabalhadores da Nova Penteação, o que totaliza uma verba de cerca de 750 mil euros. A última tranche ainda não foi liquidada pelo facto do processo ainda não ter transitado em julgado. Esta é uma situação que se arrasta desde 2004 devido aos sucessivos recursos apresentados por Rui Cardoso nos tribunais. Luís Garra não compreende os argumentos do proprietário da Beira Lã, que justifica os recursos como uma forma de evitar a concorrência desleal para salvaguardar os 300 postos de trabalho na sua unidade. «São argumentos falaciosos e que não têm rigor», garante o sindicalista, frisando que «há outras razões» neste processo. Entretanto, ficou agendada uma nova reunião entre os antigos trabalhadores e o STBB para 23 de Junho, de modo a analisarem a evolução do processo e discutir novas medidas, caso não haja desenvolvimentos.

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