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«Eu quero o Hospital aberto»

Presidente da Câmara da Guarda quer o novo pavilhão a funcionar e mais «miolos»

«Não aceito que se atrase ou não se resolva a questão da abertura do Hospital enquanto parecem andar no ar discursos sobre fusões, agregações e outras que tais». Quem o diz é Álvaro Amaro, que recentemente se reuniu com Paulo Macedo, ministro da Saúde, e Vasco Lino, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Guarda. A preocupação é o discurso «onde a Guarda parecia não ter a mesma capacidade de reivindicação» devido aos sucessivos atrasos no arranque do novo pavilhão.

O assunto nem estava na ordem do dia da reunião de Câmara mas, no briefing com os jornalistas, foi o que assumiu maior destaque. O presidente da autarquia afirmou ter recebido, da parte de Paulo Macedo, «a garantia de algo muito importante para a cidade», mas não revelou o quê nem apontou datas para a abertura do novo Hospital. Ainda assim, o autarca frisou que «quero o Hospital aberto, pelo que lutamos para que seja o mais depressa possível», até porque dá ao concelho «a possibilidade de aumentar a sua voz para reivindicar os “miolos”». «Não quero que a Guarda perca capacidade, valências, médicos ou enfermeiros», sublinhou. A questão de segurança, que tem adiado a inauguração do pavilhão, deve ser resolvida e, caso não abra, «alguém vai ter de explicar categoricamente o que aconteceu», garantiu. «A única campanha é pelos melhores cuidados de saúde, não permitindo que, de uma maneira enviesada, haja perda de ciência, de massa crítica», reiterou Álvaro Amaro.

Entres os tópicos abordados na reunião de Câmara conta-se a anulação de um concurso público para a monotorização do ar – lançado pelo anterior executivo –, motivada por «questões técnicas». O caminho será o entrosamento com o Instituto Politécnico da Guarda, tendo em vista a valorização dos recursos locais. «O nosso nicho de bom mercado vai ser o ar da Guarda», reiterou o edil, acrescentando que «está muito longe de ser certificado e há outros que já o são, é preciso estimular a ação». No entanto, Amaro garantiu que o programa não está em risco, uma vez que foi negociado um prazo alargado para alguns projetos com o Programa Operacional da Região Centro (POCentro).

Também a receção da sede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela foi abordada na sessão, com o presidente da Câmara a mostrar-se «satisfeito» com o desfecho. «Sempre prometi que a Guarda devia ser a capital e aí está: é a capital do Governo da CIM», considerou, ressalvando que «se eu quisesse tinha sido presidente, mas achei que o melhor para a Guarda era ter a sede sem rotatividade». Quanto ao “bolo” financeiro envolvido, Álvaro Amaro deixa uma nota: «Espero que a CIM não tenha apenas a tentação de dividir pelo número de habitantes e área», afirmou, apontando para uma gestão coesa que defenda o melhor para os 15 concelhos.

Sara Quelhas Se o Hospital não abrir «alguém vai ter de explicar categoricamente o que aconteceu», avisa Amaro

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