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Estudante do Porto vence Prémio Pinto Peixoto

Sofia Marques terminou secundário com média final de 19,7 valores

Sofia Homem de Melo Marques é a vencedora da terceira edição do Prémio Nacional José Pinto Peixoto, destinado aos estudantes do ensino secundário. A aluna concluiu este ano o 12º ano na Escola Secundária Aurélia de Sousa, no Porto, com uma média final de 19,7 valores e foi a candidata que apresentou a mais elevada das classificações obtidas no final do ensino secundário. O prémio, no montante de mil euros, vai ser entregue numa cerimónia a realizar no próximo dia 5 de Dezembro na Miuzela do Côa, de onde era natural José Pinto Peixoto, considerado um dos maiores cientistas portugueses, assinalando o oitavo aniversário do seu falecimento. O galardão foi criado pela Associação Casa da Cultura Professor Doutor José Pinto Peixoto, sediada naquela freguesia do concelho de Almeida, e visa homenagear a memória do seu patrono, natural daquela freguesia, falecido a 6 de Dezembro de 1996. O prémio vai ser atribuído pelo terceiro ano consecutivo, após ter sido ganho em 2002 por Joana Moura Ferreira, da Secundária Coelho e Castro (Santa Maria da Feira) e Catarina Santos, do Colégio Rainha Santa Isabel (Coimbra), no ano passado. O júri foi presidido por João Pinheiro da Providência e Costa (Universidade da Beira Interior) e integrou representantes do Governo Civil da Guarda, da Câmara de Almeida e da Junta de Freguesia da Miuzela, para além de Augusto Monteiro Valente, presidente da associação. Puderam concorrer ao Prémio Nacional Professor Doutor José Pinto Peixoto todos os estudantes que terminaram o ensino secundário no ano lectivo de 2003/2004.

José Pinto Peixoto destacou-se nacional e internacionalmente na área das ciências geofísicas, em especial nos campos das ciências da atmosfera, teorias do clima, hidrologia e termodinâmica. Domínios onde, com Victor Starr e Abraham Oort, foi pioneiro dos estudos científicos sobre a Teoria da Circulação Global da atmosfera e impulsionador da moderna meteorologia. A sua actividade académica ficou ainda marcada pelo contributo decisivo que deu para a criação das novas universidades portuguesas de Lisboa, Trás-os-Montes e Alto Douro e Beira Interior. Para além de ter integrado várias organizações e instituições científicas nacionais e estrangeiras, Pinto Peixoto recebeu os Prémios Artur Malheiros (1961) e da Boa Esperança (1989 e 1993), tendo sido ainda condecorado com a Grande Cruz da Ordem de Santiago e Espada em 1993.

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