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Estrutura accionista da PLIE confirmada dia 21

Joaquim Valente garante que, «neste momento, não havia outra solução que não fosse o município ter a maioria do capital social»

A 21 de Outubro saber-se-á quem são os principais accionistas da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda. Para esse dia está marcada a escritura pública do pacto social da sociedade, concluído que está o aumento de capital para 1,5 milhões de euros. A nova estrutura accionista continua a ser liderada pela autarquia, que deverá ficar com 37 por cento do capital social, acompanhada do grupo Joalto, Nerga, Associação Comercial, Ecosoros e Gonçalves & Gonçalves.

Todos estes parceiros fundadores já subscreveram a sua quota-parte deste reforço, ao contrário da Sociedade Geral (ex-IPE), do grupo Luís Simões e da Mota Engil, que vão passar a ter uma posição residual na sociedade. Nestas mudanças falta conhecer a decisão da Manuel Rodrigues Gouveia e da Servihomem. «Nenhum accionista saiu da sociedade», garante Joaquim Valente, presidente da autarquia e do Conselho de Administração da PLIE, acrescentando que a parte respeitante a quem não acompanhou o aumento foi «rateada pelos outros accionistas em função da sua quota na sociedade». Nesse sentido, a “parte de leão” coube ao município, já realizada através dos terrenos da Quinta dos Coviais. «A Câmara da Guarda não poderia ficar indiferente à não subscrição deste aumento por alguns accionistas e nesse sentido avançamos. Mas o que pretendemos é que sejam os empresários a ter a maioria na PLIE», adianta o edil.

Até lá, há que «consolidar o projecto e pô-lo a funcionar ao serviço da economia local», refere, só depois a autarquia está disposta a «abdicar gradualmente» da sua participação maioritária. Confrontado com uma proposta de alguns accionistas para que os privados passem a ter maioria, Joaquim Valente constatou que «nenhum concretizou essa intenção ao subscrever o capital social». Além de que, «neste momento, não havia outra solução que não fosse o município ter a maioria do capital da PLIE», argumentou o autarca. Quanto ao projecto, as obras da segunda fase de infraestruturação estão concluídas, com excepção da estação de efluentes, mantendo Joaquim Valente o discurso optimista: «Há interessados e já há contratos feitos para a instalação de empresas, mas esse passo é uma questão que tem a ver com os empresários e os seus projectos», afirmou.

Joaquim Valente está tão optimista que nem receia a crise mundial. «É nesta altura que os empresários melhor se organizam e relocalizam para darem resposta aos grandes desafios, porque estas coisas da economia são cíclicas», acredita. A PLIE tem 11 accionistas fundadores: Câmara Municipal, NERGA, Associação de Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG), Ecosoros, Gonçalves & Gonçalves, Sociedade Geral (ex-IPE), grupo Joalto, grupo Luís Simões, Mota Engil, Manuel Rodrigues Gouveia e Servihomem. Em números, o empreendimento vai ocupar 126 hectares, disponibilizando 196 lotes na encruzilhada da A25 e A23. O projecto integra a Rede Nacional de Plataformas Logísticas e tem um investimento previsto de 34 milhões de euros. O metro quadrado da área logística vai custar 25 euros, metade do preço a que será negociado o espaço para a instalação de restaurantes, bancos e outros serviços complementares.

Luis Martins

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