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Estradas do distrito em obras

Um pouco por todo o distrito, a Estradas de Portugal (EP) está a efectuar trabalhos de melhoramento nas vias de ligação. As requalificações da Estrada Nacional 330, entre Aguiar da Beira e Fornos de Algodres, e da EN 338, que liga a Lagoa Comprida à Portela do Arão, na zona de Loriga, são algumas das empreitadas que deverão ficar concluídas nos próximos meses.

Aguiar da Beira

A requalificação da Estrada Nacional 330, que liga Aguiar da Beira a Fornos de Algodres, reclamada há vários anos, está «quase concluída», garante António Martins, director de Estradas da Guarda. Deste modo, no decorrer do Verão, provavelmente em meados de Julho, percorrer o trajecto entre as duas vilas vai finalmente deixar de ser uma “dor de cabeça”. O engenheiro realça que os automobilistas «têm que perceber que vão ganhar fundamentalmente em conforto e segurança com as boas condições que a via vai oferecer». De resto, mantendo a mesma velocidade, vai ser possível encurtar o tempo de viagem, porque a construção da variante a Figueiró da Granja já permite evitar passar por dentro da freguesia.

Almeida

Está para ser pavimentada a estrada que liga Almeida a Figueira de Castelo Rodrigo.

Celorico da Beira

A EP encontra-se a repavimentar toda a Nacional 17, que começa próximo de Oliveira do Hospital e termina em Celorico da Beira.

Figueira de Castelo Rodrigo

A estrada que liga Figueira de Castelo Rodrigo a Barca d’Alva está em fase de projecto, devendo ser lançada ainda este ano. Também este ano ainda deve avançar a requalificação da ligação de Figueira de Castelo Rodrigo a Almendra, considerada prioritária.

Manteigas

A EN 338, entre Manteigas e o cruzamento dos Piornos, deverá também ser alvo de obras de beneficiação dentro de algum tempo, sendo que esta intervenção terá que ser negociada entre a EP, Parque Natural da Serra da Estrela e a autarquia local. Neste momento existem várias possibilidades em cima da mesa para o projecto a levar a cabo numa via bastante estreita e sinuosa.

Pinhel

As obras de beneficiação da EN 221, entre Pinhel e a Guarda, foram consignadas no dia 30 de Maio, pelo que, oficialmente, a obra iniciou-se nessa data. A empreitada tem um prazo de execução de cerca de dois anos e um custo inicial que rondam os sete milhões de euros. Os trabalhos deverão ficar concluídos em Maio de 2008 e consistem na melhoria de aproximadamente 21 quilómetros, incluindo o alargamento substancial da via, a plantação de 782 árvores e a construção de variantes à Rapoula, Gouveias e Freixedas, para evitar o atravessamento destas localidades. O mesmo não sucede no caso do Carvalhal. Igualmente em andamento está uma variante integrada à aldeia da Malta que faz a ligação a Vila Franca das Naves, no concelho de Trancoso. As obras deverão ficar concluídas no final do Verão. Neste caso, o director de Estradas da Guarda também realça que «as pessoas têm que perceber que ganham algum tempo de viagem, mas principalmente que ganham em segurança e conforto». De resto, a segurança é uma das maiores preocupações da EP, pelo que o cruzamento projectado no início da ligação da Malta a Vila Franca das Naves foi substituído por uma rotunda. «Na nossa perspectiva, aquele cruzamento era potencialmente perigoso, por isso fizemos um esforço no sentido de melhorar as condições de segurança num cruzamento que potenciava velocidades em ambos os sentidos. A ideia foi introduzir ali um elemento que possa cortar essa velocidade», sublinha António Martins. Assim, a aldeia da Malta passa a ter três entradas.

Sabugal

A estrada que liga o Sabugal a Vilar Formoso, na freguesia de Vila Boa, vai ser alvo de um projecto-piloto «muito interessante» que deverá ir a concurso ainda este ano. Esta intervenção surge no seguimento de um protocolo estabelecido entre a Estradas de Portugal e a Universidade de Coimbra para quatro projectos-piloto de travessias de aglomerados urbanos. Os técnicos da universidade deslocaram-se ao distrito da Guarda e entenderam que Vila Boa possuía «características que permitiriam um trabalho interessante», explica António Martins. Trata-se de um projecto cuja filosofia é transmitir ao automobilista «a sensação de que está a entrar num domínio em que o peão é rei», realça. Algo que vai ser conseguido à custa da alteração do tipo e das cotas do pavimento, além da colocação de sinalização e de alguns passeios próximos do centro da aldeia. «Esperemos que corra bem e, se assim for, a ideia será para repetir. Mas mesmo se correr mal, retiraremos ensinamentos para o futuro», refere. Em relação à velha reivindicação dos sabugalenses de uma ligação de qualidade à A23, “O Interior” sabe que a EP está a estudar a possibilidade de melhorar a ligação entre a Guarda e o Sabugal, podendo o projecto começar a ser feito no próximo ano. Contudo, para já, esse anseio não poderá ser considerado, uma vez que a via não está no actual Plano Rodoviário Nacional, que deverá ser revisto mais tarde ou mais cedo. Só depois do PRN ser alterado é que a EP poderá intervir na ligação entre o Sabugal e a Catraia do Sortelhão, uma vez que os restantes seis quilómetros até à rotunda da A23, na Guarda, são novos. Em aberto está também a possibilidade da ligação do Sabugal a Lisboa ser optimizada através de uma ligação a entroncar o mais próximo possível da Covilhã.

Seia

A requalificação da EN 338, que liga a Lagoa Comprida à Portela do Arão, na zona de Loriga, vai ficar concluída durante o Verão. Os trabalhos de beneficiação do pavimento estão em curso há algum tempo e deverão ficar prontos em Agosto. Já a ligação de Seia à Torre, que abrange as Estradas Nacionais 338 – do Sabugueiro à Torre – e 339 – desde Seia até ao Sabugueiro, está actualmente em fase de projecto, devendo entrar em concurso em 2007. É certo que a via não será alargada. Uma intervenção considerada «fundamental» nas manobras na Serra é a construção de mais zonas de inversão do sentido de marcha ao longo da EN 338. Os trabalhos já foram adjudicados e vão começar este Verão. No que concerne ao Sabugueiro, “O Interior” sabe que a EP está a estudar várias possibilidades para tentar atenuar o habitual problema da falta de estacionamento com que a aldeia se debate no Inverno. Uma das hipóteses passa por o campo de futebol servir de parque de estacionamento para os autocarros, que poderão assim deixar os passageiros no centro do Sabugueiro. Outra possibilidade é a utilização do pátio da escola primária como parque de estacionamento. Aquele local, situado mesmo atrás das lojas, tem capacidade para acolher entre 20 a 30 viaturas. O grande objectivo é mesmo retirar o máximo de carros da aldeia.

Trancoso

Parece ser desta que a construção do IP2, entre a A25, em Celorico da Beira, e Trancoso, poderá concretizar-se. Em finais de Abril, o primeiro-ministro José Sócrates anunciou, em Bragança, a construção a médio prazo de eixos estruturantes como o IP2, entre o IP4, em Macedo de Cavaleiros, e o IP5 (A25), em Celorico da Beira, entre outros. Com estas vias, «o Governo quer seguir um modelo territorial que favoreça um processo de desenvolvimento económico e social, bem como os desequilíbrios inter-regionais». Deste modo, a construção do IP2, a partir da A25, é considerada uma obra prioritária para o Governo, estando já em fase de projecto. Pelo que a “cidade de Bandarra” passará a ser servida por uma estrada com quatro vias (duas por duas), desde a A25 (zona de Aldeia Rica) até sensivelmente à zona do Chafariz do Vento. Próximo de Carnicães irá nascer uma bifurcação com duas vias até Vila Franca das Naves e em quatro vias até à ligação ao futuro IC26 próximo de Chafariz do Vento. Esta obra deverá entrar em concurso nos próximos meses.

Vila Nova de Foz Côa

A estrada que ligaAlmendra a Vila Nova de Foz Côa também vai ser alvo de obras de beneficiação.

67 quilómetros separam as duas capitais de distrito

Auto-estrada liga Guarda a Viseu a partir de amanhã

A Guarda vai estar ligada a Viseu por 67 quilómetros de auto-estrada a partir de amanhã. A garantia é da Aenor, concessionária da A25, que estima cumprir o calendário previsto da obra com a conclusão dos trabalhos no lanço entre o Nó do Caçador (Viseu) e a Guarda. Sexta-feira ficam prontos os sublanços Viseu/Mangualde (nove quilómetros) e Mangualde/Fornos de Algodres/Ratoeira Nascente/Guarda (58 quilómetros). Contudo, a nova via que vai substituir o IP5 só deverá ficar totalmente pronta a 30 de Setembro, com o fim da empreitada no troço de 21 quilómetros entre o Nó da Boa Aldeia e o Nó do Caçador, nas proximidades de Viseu. A construção da A25, entre Aveiro e Vilar Formoso, teve início em Julho de 2003. O investimento em construção previsto para o total da concessão é de cerca de 704 milhões de euros.

Ricardo Cordeiro

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