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Estrada entre S. Jorge da Beira e Pereiro a concurso

Câmara da Covilhã reabriu procedimento quatro meses depois de o ter anulado por falta de verbas

O executivo covilhanense aprovou, na última reunião pública, a abertura do concurso público para a construção da Estrada Municipal 512 entre S. Jorge da Beira e Pereiro, numa extensão de 11 quilómetros. A obra, há muito prometida por Carlos Pinto, foi o ponto alto da reunião de Câmara realizada na última sexta-feira naquela freguesia, situada a uma hora de viagem da Covilhã.

O asfaltamento da via, actualmente em terra batida e em muito mau estado, é ansiado pela população há décadas. Aliás, o concurso já tinha sido aberto há algum tempo, mas foi cancelado pela maioria social-democrata em Janeiro último por falta de verbas. Agora, Carlos Pinto acredita que a obra vai mesmo arrancar, visto que a sua construção assenta numa parceria com a Beralt Tin & Wolfram, concessionária das Minas da Panasqueira. «Este modelo consistiu na negociação de matéria-prima que vai ser entregue pela Beralt Tin. Há depois um diferencial a pagar em dinheiro», explicou o autarca, adiantando que o atraso nesta empreitada ficou a dever-se à escassez de recursos financeiros. «O Governo não se mostrou disponível para celebrar connosco um contrato-programa e também não há fundos comunitários. Por isso tivemos que arranjar um modelo alternativo», apontou.

A estrada terá cerca de sete metros de largura, devendo as obras arrancar em Setembro para ficarem prontas no final do ano. A Câmara aprovou ainda a requalificação da calçada da Rua do Corredouro e da Rua Direita, na zona histórica da freguesia, com obras de saneamento, rede de águas pluviais, construção de passeios e iluminação. Estes anúncios apanharam de surpresa o presidente de Junta, que não escondeu a sua satisfação por duas das suas reclamações terem sido atendidas. Outra das «necessidades fundamentais» reclamadas por Fausto Batista é a legalização das habitações nas Minas da Panasqueira e seus arruamentos. Um processo «dependente» da Beralt Tin & Wolfram, mas que está em «negociações», disse Carlos Pinto, acrescentando que a Câmara está «disponível para legalizar» estas habitações, como aconteceu com as casas dos mineiros na Barroca Grande.

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