Foram aprovados os estatutos e regulamento eleitoral da Turismo do Centro de Portugal, cuja área de abrangência é toda a região Centro.
A Assembleia-Geral da nova entidade regional, que passa a gerir a zona da Serra da Estrela, realizou-se na última sexta-feira em Aveiro, tendo os documentos sido aprovados por «larga maioria», adianta aquele organismo em comunicado. Os estatutos já foram enviados para homologação do Governo e respetiva publicação em “Diário da República”. Segundo o artº 40 da Lei 33/2013, a Assembleia Geral será convocada após a publicação dos estatutos, no prazo de 30 dias, com vista à eleição dos órgãos da nova entidade regional. Entretanto, a Câmara de Coimbra já se manifestou contra a eventualidade da sede desta entidade poder vir a ser transferida para Aveiro, aproveitando as mudanças do regime jurídico. Segundo um comunicado da autarquia, a localização da sede era um dos pontos a analisar nesta AG, tendo sido adiado por proposta do presidente daquele município, João Barbosa de Melo, para se tentar obter «o essencial consenso alargado».
Em declarações recentes a O INTERIOR, o presidente do Turismo do Centro considerou que a nova organização do setor possibilita dar mais escala à promoção de uma região que tem «importantíssimas e qualificadas unidades hoteleiras e que diferenciam a oferta da própria marca Portugal a nível internacional». Pedro Machado acrescentou que, «por força da nova lei», a Serra da Estrela junta-se a «um conjunto de marcas turísticas com grande projeção», como são os polos Leiria-Fátima e Oeste. Mas que a região é «um ativo importante quer enquanto destino de turismo de natureza, quer do turismo judaico, que tem crescido exponencialmente nos últimos anos». Em termos administrativos, após a publicação dos estatutos do Turismo do Centro deverá ser convocada uma assembleia-geral eleitoral da qual sairão os novos órgãos sociais desta entidade, o que «possivelmente ocorrerá em meados de julho». Só então se saberá se as atuais instalações do Polo da Serra da Estrela na Covilhã vão ser aproveitadas: «O que defendemos é a manutenção de estruturas desconcentradas, delegações, para manter a representatividade e poderá muito bem coincidir com a atual estrutura existente já na Covilhã», disse em maio o responsável.
