«Nem tudo está perdido», pensava eu ao ver anunciado o debate que “O Interior” organizou. Pura ilusão. Na verdade, vocês estão de parabéns pela iniciativa. E estão de parabéns pela forma como organizaram e conduziram o debate. Estão até de parabéns por chegar a tanta gente pela rádio. E, também, pela capacidade de atracção de tantos cidadãos que foram ao Hotel, nessa noite (coisa rara essa de, na Guarda, as pessoas se interessarem por algo que diz respeito a todos).
É claro que no início voltou-me a ideia «nem tudo…», mas foi por pouco tempo! A verdade é que o debate teve vários méritos, mas o que ficou em evidência foi a boçalidade dos políticos da Guarda. Foi constrangedor para qualquer guardense ver a falta de qualidade das duas Senhoras que protagonizam a política na cidade. Senti-me triste, revoltado, estarrecido e assombrado por ver que Maria do Carmo Borges e Ana Manso não têm argumentos, nem conteúdos de qualidade e que são débeis, quando sentadas ao lado de outros dirigentes da região. Que pobreza! Não sabem do que falam, mostram uma completa incompetência política. Como é possível? Como é que conseguiram chegar tão alto? E dizem que a Guarda tem de ser capital. Com líderes assim o melhor que nos pode acontecer é entregar isto a Viseu ou a quem (nos) quiser, porque, como bem se viu e percebeu, qualquer dos dirigentes das cidades vizinhas poderá fazer mais e melhor pela Guarda, mesmo que à distância, do que as Senhoras dirigentes, que fazem muito barulho, mas não dizem nada. Mau de mais para ser verdade. Estão bem uma para a outra. O problema é que não se querem reformar. Resta esperar que esse jornal continue a ter espírito interventivo, porque à espera das políticas estamos quilhados.
João Ferreira, Guarda
