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«Estamos sempre dependentes de apoios externos para fazer crescer o Côa Summer Fest»

Cara a Cara – Rui Pedro Pimenta

P – Arranca hoje a sexta edição do Côa Summer Fest. Qual a novidade para este ano?

R – Não há grandes mexidas a nível de cartaz do Côa Summer Fest. No que diz respeito a outras atividades, dado que procuramos não oferecer apenas música aos nossos festivaleiros, vamos ter algumas atividades radicais, bem como a integração de performances durante a tarde de amanhã. A grande novidade recai na alternativa ao campismo, pois desenvolvemos uma parceria com a Pousada da Juventude de forma a ter um preço mais apelativo e podermos dar aos nossos festivaleiros uma boa cama e boas condições de estadia para os dias do festival.

P – Quais as expetativas da organização para esta edição?

R – As expetativas são sempre de melhorar. Se no ano passado pensávamos desta forma, este ano não é diferente. Queremos levar o Côa Summer Fest sempre mais longe e disponibilizar a todos boas condições, bom ambiente e um bom cartaz para que possamos ultrapassar sempre os números do ano anterior.

P – Que géneros de música poderão ouvir até sábado?

R – O Côa Summer Fest situa-se um pouco no “mainstream” da música ouvida em Portugal. No segundo dia (amanhã) temos o Dengaz como cabeça-de-cartaz, que se insere no hip-hop, sendo que no sábado a principa aposta são os DJ’s Overule e Insert Coin, bem conhecidos no panorama nacional e que têm dado nas vistas nos últimos anos. O cartaz fica completo com algumas bandas da nossa zona com diversos estilos, como pop e rock.

P – Quais são as principais dificuldades para organizar o festival?

R – Como qualquer festival, o primeiro ponto seria logo o orçamento disponível. Não há investimentos e apoios privados, os que existem também são “curtos” para as nossas intenções, mas temos lidado bem com isso. A nível logístico, a falta de um parque de campismo impossibilita-nos de criar as condições que pretendíamos para os festivaleiros.

P – Houve uma alteração relativamente à entrada para o festival, que anteriormente era paga e passou a ser livre. Há algum motivo para isso?

R – Essa alteração já ocorreu há dois anos. Há a realidade com que nos deparamos: o público português e, em especial o do interior, está cada vez mais à espera de eventos gratuitos. Provavelmente não investimos mais no cartaz por “culpa” dessa condicionante e da falta de mais apoios.

P – Quais são os vossos apoios?

R – O maior apoio vem do município de Vila Nova de Foz Côa e do Instituto Português do Desporto e Juventude, depois temos apoios mais pequenos, mas que nos ajudam sempre a melhorar o Côa Summer Fest, caso da Caixa Geral de Depósitos e da Junta de Freguesia. Temos ainda apoios logísticos da Federação das Associações do Distrito da Guarda e do Grupo Magna, sem os quais era impossível fazer o festival da mesma forma.

P – Qual o impacto que o festival tem na economia local?

R – Acreditamos que seja bom, contudo, quanto mais pessoas vierem melhor será para Vila Nova de Foz Côa. Mas as pessoas que se deslocam até aqui precisam de comer e beber, pelo menos, e isso tem de se refletir no comércio local. O facto da primeira noite ser para os festivaleiros conhecerem a cidade, principalmente os bares, esses estabelecimentos ficam a ganhar com isso. Havendo gente, a economia está sempre em movimento.

P – Em relação a 2017, já podem adiantar algo?

R – É muito cedo ainda. Temos sempre vontade de dar continuidade ao festival, mas estamos sempre dependentes de apoios externos e o objetivo de fazer crescer o Côa Summer Fest não pode ficar estagnado por muito tempo.

Perfil:

Membro da organização do Côa Summer Fest

Profissão: Estudante

Idade: 24 anos

Naturalidade: Vila Nova de Foz Côa

Currículo: Licenciado em Gestão

Livro preferido: “Into the Wild”

Filme preferido: “The Wolf of Wall Street”

Hobbies: Futebol, associativismo, música

Rui Pedro Pimenta

Sobre o autor

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