Era uma vez o Dia Mundial do Livro e um livro criado por escritores de palmo e meio. A imaginação dos mais pequenos foi o limite de uma iniciativa cuja única regra era “ao ponto acrescentar um conto”. Assim nasceu “O sonho mora aqui”, a obra colectiva que contou com a participação de cerca de cem alunos do 1.º ciclo do ensino básico da Guarda. O lançamento do livro vai decorrer amanhã à tarde, no Paço da Cultura, por ocasião do Dia Mundial do Livro, que se comemora dia 23.
A iniciativa surgiu no âmbito do projecto “Vamos escrever um livro: ao ponto acrescenta um conto!”, promovido pela biblioteca municipal, em parceria com as bibliotecas escolares de Augusto Gil, Bonfim, Guarda-Gare, Lameirinhas e Santa Zita. O desafio foi lançado no dia 27 de Novembro, Dia das Bibliotecas Escolares, com o pretexto de promover e dinamizar a leitura, o livro e a escrita, sendo que o lançamento da obra «é a prova disso mesmo», garante António Oliveira, director da biblioteca municipal da Guarda. “O sonho mora aqui”, é um livro de prosa e poesia escrito pelos alunos do 1º ciclo do ensino básico, e dirigido também para os mais pequenos, crianças dos seis aos dez anos. Uma vez por semana, desde novembro, os jovens autores das escolas Augusto Gil, Bonfim, Guarda-Gare, Lameirinhas e Santa Zita colocaram à prova a sua veia criativa e acrescentaram um conto numa obra colectiva. Inicialmente estava previsto ser editado por ocasião do Dia Internacional do Livro Infantil, mas «motivos técnicos» forçaram o adiamento para dia 23, explica António Oliveira.
Apostar na criança como autor foi um dos principais objectivos desta iniciativa invulgar. Cada escola escreveu um conto colectivo que resulta da continuação que cada grupo de alunos participante entendeu dar à história. Os temas escolhidos são diversificados já que o argumento era de uma forma propositada «totalmente livre», assim cada grupo tem o seu conto, que poderá ser sobre a «Natureza ou os animais», exemplifica o director da biblioteca municipal da Guarda. De resto, os alunos, com uma média de idades que ronda os 9 anos, estiveram por sua conta e a imaginação este foi aliás, o único limite, pois os professores não tiveram qualquer intervenção no trabalho.