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Escolha de Carlos Peixoto foi «consensual»

Presidente da distrital do PSD da Guarda desmentiu que João Prata tenha sido inicialmente indicado como cabeça-de-lista

O presidente da distrital do PSD da Guarda garante que ninguém indicou inicialmente que seria João Prata o cabeça-de-lista às legislativas de Setembro. Em conferência de imprensa realizada na última quarta-feira, Álvaro Amaro assegurou que a nomeação de Carlos Peixoto para liderar a lista foi decidida de forma «consensual» e apenas no dia 1 de Agosto.

O dirigente social-democrata manifestou «orgulho» e «grande satisfação» pelos candidatos, dizendo que formam uma «lista renovada e de gente da Guarda». E constatou que os partidos, «todos em geral, teimam muitas vezes em não entender que, pelo menos, em círculos eleitorais de menor dimensão não devia haver lugar à entrada de pessoas que não se identificam com o respectivo círculo eleitoral», defendeu. «Sempre fiz disto uma bandeira. Espero que no dia 27 de Setembro a população do distrito também se sinta ofendida, tal como eu fiquei com a escolha de Francisco Assis» para cabeça-de-lista pelo PS, reconhecendo que o PSD já cometeu esse «pecado político» no passado.

Quanto à lista laranja, Álvaro Amaro explicou que a Comissão Política Distrital escolheu oito pessoas entre as 17 propostas pelas diferentes concelhias. «Fui lendo por aí que o partido já tinha dito quem era o número um, nada mais falso. Os oito nomes foram indicados por ordem alfabética», disse. E assegurou que a escolha do primeiro da lista foi tomada por ele próprio «há quatro dias» [1 de Agosto] em nome da Distrital e falando com «os dois jovens de grande valor que todos tínhamos assente que poderiam ser cabeça-de-lista», sendo que a decisão foi tomada «consensualmente» entre os três. Ângela Guerra é assim a terceira da lista, seguida de Hugo Miranda, António Plácido, Carla Sofia, António Rodrigues Antunes e Maria João Ramos.

Sobre a ausência de Ana Manso da lista, o presidente da distrital salientou que, «como em tudo na vida, há ciclos que se fecham e outros que se abrem», confirmando que o nome da ainda deputada era um dos 17 inicialmente indicados: «O facto de não estar na lista não é certamente por não ter trabalhado em prol do distrito», sustentou, sublinhando que «agora está fora, mas amanhã pode estar dentro de novo». Por sua vez, Carlos Peixoto afirmou que o convite «é uma honra» que jamais esquecerá e que as suas expectativas para estas eleições passam por «vencer e de preferência por maioria». Dizendo ter sido escolhido por «algum mérito», o cabeça-de-lista considerou ainda que este lugar é, «só por si, um enaltecimento e uma elevação de um percurso de vida».

«Serei, na história política do distrito, o primeiro candidato que, não sendo uma figura de projecção nacional, não é da cidade da Guarda. Não tenho estigma nenhum com isto, nem ninguém deve ter qualquer preocupação. Sou tão guardense como o meu amigo João Prata é gouveense, devemos encarar o distrito como um todo», alegou o advogado de 41 anos. O candidato prometeu «arregaçar as mangas e suar as estopinhas pela Guarda. Tudo faremos para pôr o distrito e o país no rumo certo», declarou, esperando que «o eleitorado perceba que fomos muito diferentes do PS».

João Prata mantém candidatura à Junta de São Miguel

«Não há qualquer irregularidade, ilegalidade, nem sequer imoralidade para que eu não pudesse ser candidato à Junta cumulativamente com o lugar de candidato a deputado». João Prata não abdica de concorrer à Junta de Freguesia de São Miguel da Guarda até porque quer «encerrar o ciclo de três mandatos», sublinhando ser «um imperativo de consciência» sujeitar-se novamente ao escrutínio da população. De resto, o também presidente da concelhia da Guarda e vice-presidente da distrital social-democrata lembra que na actual legislatura estão no Parlamento «vários deputados que são presidentes de Junta». Por outro lado, «estando na Assembleia da República posso dedicar-me tanto ou mais a presidente de Junta», afirmou, recordando que até agora tem acumulado as funções de professor do primeiro ciclo. Sobre a escolha dos candidatos a deputados disse ter ficado «muito satisfeito com o processo final da lista», que corresponde «ao esforço de renovação solicitado pelos órgãos nacionais» do PSD.

Ricardo Cordeiro Carlos Peixoto quer «vencer e de preferência por maioria»

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