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Escolas decoram rotundas na Guarda

Projeto no âmbito do programa “O Natal na Guarda”

Se costuma circular na Guarda já deve ter reparado nas decorações de Natal que ocupam as rotundas e jardins da cidade. Há, por exemplo, um presépio feito a partir de computadores velhos, junto ao mercado municipal, e uma árvore de Natal de sinais de trânsito. Estes e outros trabalhos espalhados pela cidade fazem parte de uma iniciativa das escolas, no âmbito da animação natalícia organizada pela autarquia, Agência para a Promoção da Guarda e Associação Comercial.

Do ensino pré-primário ao superior, quase todas as instituições educativas participaram neste desafio que tem a decorrer uma votação para a eleição da melhor ideia. Para a educadora Mariana Silva, do Departamento Pré-Escolar do Agrupamento de Escolas de S. Miguel, a elaboração do projeto «foi uma azáfama», principalmente para conseguir os materiais necessários. Esta é uma opinião partilhada por Madalena Cabral, da EB 1 do Espírito Santo, onde «os meninos e os pais trouxeram garrafas, iogurtes, sumos, …» para a realização dos enfeites. A professora considera que «este tipo de iniciativas motiva os mais novos para a reciclagem». Já Conceição Pires e Sousa, professora da Augusto Gil, destaca o facto deste projeto «ser uma forma de interagir de forma engraçada e barata com a comunidade». Contudo, a docente queixa-se dos atos de vandalismo de que o trabalho da sua escola foi alvo, no jardim do Largo Frei Pedro, mesmo em frente à PSP.

A C+S de S. Miguel também tem queixas, mas da Câmara. Maria Luísa Santos lamenta que tenham escolhido estes dias para «andarem a esburacar» a rotunda que a escola enfeitou. «A autarquia poderia ter esperado pelo fim das festas para fazer obras. Além disso, falta iluminação no local», refere. Uma contestação partilhada pela EB1 Adães Bermudes, que teve que pedir «um foco» ao município. Mas estes não foram os únicos contratempos. As condições atmosféricas também condicionaram – e muito – a execução das ideias dos vários estabelecimentos. Agostinho da Silva, professor da área de Artes, afirma que os resultados das quatro rotundas a cargo da Escola Secundária da Sé foram «apenas satisfatórios» porque «tiveram medo de ir mais além por causa do inverno». Nesta escola os professores tiveram um papel fundamental devido à complexidade da parte técnica, como soldar, o que podia ser perigoso para os alunos.

Já no Instituto Politécnico da Guarda os alunos do curso de Design do Equipamento e do Mestrado em Gestão entraram em concurso interno para escolher qual o projeto que deveria representar o IPG. Nesse sentido, Rute Abreu explica que no Politécnico o «objetivo é participar e divulgar o trabalho que se faz na instituição e não a competição» com as escolas dos mais novos. Mas nem todas as escolas levam o projeto na desportiva. Na do Espírito Santo os alunos estão empenhados em ver o seu projeto eleito como o preferido dos guardenses e inteiram-se «frequentemente» dos votos conseguidos pela rotunda que decoraram. A votação está disponível em http://www.estg.ipg.pt/onatalnaguarda/votacao.asp. As decorações nas rotundas estão expostas até dia 7 de janeiro.

Trabalhos visam reutilizar materiais e dar-lhes um espírito natalício

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