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Escola de Santa Clara procura dador de medula para aluno

Campanha inédita na cidade de recolha de sangue decorre na manhã de sábado nas instalações do antigo Ciclo

A Escola de Santa Clara, junto à Sé da Guarda, promove na manhã de sábado uma campanha de recolha de sangue que permita identificar um dador de medula óssea compatível com um aluno que sofre de leucemia. A direcção do estabelecimento, que apostou forte na divulgação desta acção, aguarda uma adesão significativa da população para ajudar esta criança que necessita «urgentemente» de um dador.

Ter entre 18 e 45 anos, um peso mínimo de 50 quilos, ser saudável e nunca ter recebido uma transfusão de sangue são as condições que têm de ser respeitadas por quem estiver interessado em ajudar. O director da Santa Clara adianta que o aluno em causa – cuja identidade os encarregados de educação pretendem resguardar – tem «entre 10 e 12 anos», frequenta o agrupamento «desde o 1º ciclo», sendo um «miúdo que já teve outras situações cancerígenas que ultrapassou». Contudo, «neste momento está a passar por uma situação muito complicada», necessitando «urgentemente de um dador de medula óssea que seja compatível», alerta Adalberto Carvalho. De resto, há muito tempo que um dador está a ser procurado a nível mundial, tendo havido esperanças de que tivesse sido encontrado nos Estados Unidos e em França, «mas infelizmente essas possibilidades não se confirmaram como compatíveis», refere.

Deste modo, o responsável confessa ter «grandes expectativas» para a recolha de sangue de sábado e espera uma «grande adesão» dos guardenses, sublinhando que ficaria «muito feliz» se conseguisse «ultrapassar as 500 amostras». Apela, por isso, às pessoas que participem «em massa». É que, independentemente do objectivo principal da iniciativa – arranjar um dador de medula compatível para o aluno –, a participação é «sempre útil», pois os dadores vão passar a integrar uma base de dados e poderão salvar pessoas que necessitarem de um transplante de medula no futuro. «Peço aos guardenses para que alterem os seus hábitos das manhãs de sábado e venham acompanhados de amigos e familiares para que tentem, pelo menos, ajudar o nosso aluno», refere o responsável. A ideia da campanha surgiu após conversas com o encarregado de educação, que, recentemente, solicitou autorização para o Agrupamento disponibilizar algumas salas para o Centro de Histocompatibilidade do Centro fazer uma recolha.

Entretanto, também o Instituto Português do Sangue vai estar presente no sábado com equipas para proceder à recolha de sangue. Adalberto Carvalho salienta que a escola quis envolver a comunicação social na campanha «porque tem instrumentos que nos permitem chegar a toda a população de uma forma muito fácil». O director escolar ainda não sabe a data em que os resultados serão conhecidos, mas assegura que serão divulgados assim que houver respostas, até como forma de «incentivo» para que as pessoas continuem a aderir a este tipo de campanhas.

Ricardo Cordeiro Aluno «entre os 10 e os 12 anos» necessita «urgentemente» de um dador

Comentários dos nossos leitores
Marco mardiogo@gmail.com
Comentário:
Grande Adalberto! Força! A evolução de um grande estabelecimento de ensino dessa cidade. Fica um abraço Marco Diogo
 

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