A reabertura da Escola Básica do 1º Ciclo do Bonfim marca a chegada de mais um ano lectivo no próximo dia 15. Após algumas obras de recuperação, que rondaram os 520 mil euros (480 mil na construção e 42 mil euros no equipamento), da exclusiva responsabilidade da Câmara da Guarda, o novo edifício escolar surge agora com «as melhores condições ao nível das escolas do 1º Ciclo», assegurou Amândio Baía, vereador com o pelouro da Educação na autarquia, segunda-feira passada, aquando da apresentação da “Abertura do Ano Lectivo”.
Quatro salas de aula, um salão polivalente, uma biblioteca escolar, uma sala de informática, uma de professores, instalações sanitárias para deficientes, gabinetes de apoio e, no exterior, um mini-polivalente desportivo são as instalações de uma escola que esteve a funcionar durante algum tempo no Estádio Municipal. Uma estrutura “nova” que servirá de espelho para futuros trabalhos de recuperação noutras escolas concelhias. Mas, para já, «está tudo a postos» para que o novo ano lectivo comece «da melhor maneira». Antes disso, a autarquia vai reunir com todos os docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico e Educadores de Infância do concelho da Guarda para apresentar o organigrama dos pelouros da Educação, Desporto, Cultura e Ambiente e dar a conhecer o calendário de actividades do próximo ano lectivo.
São cerca de 200 os professores abrangidos por esta «festa de recepção» que se realiza no próximo dia 10. Recorde-se que o concelho tem actualmente a funcionar 68 escolas do 1º CEB (quatro encerraram este ano: Torrão, Pousade, Corujeira e Pêro Soares), 35 Jardins-de-Infância e quatro escolas de Ensino Básico Mediatizado (Chãos, Benespera e Vila Fernando, com o sexto ano, e Rochoso com o quinto). De referir ainda que as escolas primárias de Pêro Soares e Corujeira fecharam por morte natural, enquanto as outras duas tinham crianças mas foram transferidas para outros estabelecimentos. Estes edifícios ainda não têm destino, mas Amândio Baía garante que, como outros do concelho, estes serão cedidos às Juntas de Freguesia para outras actividades.
O arranque do novo ano escolar fica ainda marcado pela reedição do Fundo Municipal do Livro. Uma acção, iniciada no ano passado com «enorme êxito», que pretende «ajudar as famílias mais débeis a adquirir os livros», com uma dotação orçamental na ordem dos 20 mil euros. O FML pretende atingir 520 alunos pertencentes ao ensino obrigatório (e aos escalões A e B da Acção Social), nos agrupamentos da Sequeira, S. Miguel, Santa Clara e escolas secundárias da Sé e Afonso de Albuquerque. Os livros são escolhidos por cada criança através do preenchimento de uma ficha e no final do ano ser-lhe-ão oferecidos. Baía recorda que a autarquia solicitou a algumas empresas e editoras o apoio para esta iniciativa, mas «sem muito êxito», deixando, por isso, o recado de que este Fundo «se quer aberto a todos».
Rita Lopes
