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Esclarecimento da Administracão da Sotave

No passado dia 5 de Maio a Administração da Sotave – Sociedade Têxtil dos Amieiros Verdes, S.A. foi surpreendida por uma notícia publicada no jornal “O Interior” que, para além de abordar a vida da nossa empresa, afirmava, e passo a citar “até à hora do fecho desta edição, não foi possível obter um comentário da administração da Sotave”. Assim, vimos esclarecer que “O Interior” faltou à verdade, pois não procurou obter qualquer comentário junto da Administração da empresa e, se como diz o jornalista Ricardo Cordeiro telefonou para a sede da sociedade por volta das 18h30 do dia 3 de Maio de 2005, então deixamos-lhe aqui o desafio de exibir a factura detalhada de telefone comprovando a existência de tal telefonema.

Entretanto, e no que à notícia diz respeito, consideramos que, muito para além dos comentários que ela nos poderia merecer, constatamos que não revela as fontes, o que poderá indiciar uma aposta de “O Interior” e do seu jornalista em denegrirem a imagem da Sotave, pelo que não deixaremos de pedir, no local certo, a reparação dos prejuízos que nos causou.

A Administração da Sotave é composta por pessoas sérias e responsáveis, que conhecem bem o negócío em que estão envolvidas e não podem deixar de ter em conta a situação do mercado têxtil mundial, bem como das novas regras introduzidas por via dos acordos do GATT. Assim, é um facto que a empresa irá proceder a uma reestruturação de diversas vertentes da sua actividade e que isso implicará um ajuste do número de trabalhadores, bem como uma melhoria ao nível da formação profissional de um grupo largo de trabalhadores – a realizar ao abrigo do programa FACE já aprovado pelo IEFP. Quanto à referência, na notícia de “O Interior”, de que a proposta que a Administração da Sotave fez a um grupo de trabalhadores envolve, e passo a citar, “indemnizações «absolutamente miseráveis», acusa Antonio Ferreira, advogado do sindicato…”, devemos esclarecer que, para além de se tratar de uma falsidade, o advogado do sindicato conheceu e, antecipadamente, teve oportunidade de analisar o teor da proposta feita àquele grupo de trabalhadores e que foi mesmo convidado a estar presente numa reunião por nós promovida pelo que, não só estranhamos, como mesmo duvidamos, que, o Dr. António Ferreira tenha manifestado aquela opinião.

Assím, não podemos deixar de alertar que a notícia de “O Interior” é, na sua essência, reveladora de que alguém, com uma elevada dose de irresponsabilidade, pretende a destruição do tecido económico da região, mas, para tal, não contarão com a nossa colaboração pelo que, no futuro, irão ficar a falar sozinhos.

António de Aguilar, Engº, presidente do Conselho de Administração da Sotave

N.R.: Reiteramos que procurámos contactar a administração da empresa no dia 03/05/2005. Não foi possível em tempo útil falar com ninguém da administração, o que compreendemos dado o adiantado da hora. Era do nosso interesse ter ouvido a Sotave e por isso em contacto telefónico posterior tentámos conhecer a posição da empresa. Neste sentido, e depois do senhor Presidente do Conselho de Administração ter recusado responder telefonicamente, foi combinado enviar as perguntas consideradas pertinentes via fax a que o senhor administrador se comprometeu a responder. Contrariamente ao acordado, e sem responder a nenhuma das questões apresentadas, recebemos o comunicado aqui publicado.

Contactado o advogado António Ferreira, este reiterou as declarações e comentários prestados a “O Interior”. Mais, explicou que considera “miseráveis” as indemnizações sugeridas a trabalhadores, em muitos casos, há 40 anos na empresa, no valor aproximado de cinco mil euros (mil contos) a pagar em 50 meses (mais de quatro anos).

Nada nos move contra esta ou qualquer empresa. Muito nos agradaria poder dar notícias em contrário, ou seja, sobre um tecido económico dinâmico e em crescimento, e muito lamentamos que na região haja empresas a definhar. Exercemos, pois, apenas o direito de informar e continuamos interessados e disponíveis para apresentar a posição da Sotave, por muito que ela possa divergir das informações anteriormente veiculadas: A bem da verdade e do esclarecimento do leitor. Mas como é óbvio não é através de comunicados, cujo teor apenas confirma as dificuldades da empresa e a necessidade de despedimentos.

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