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Época de incêndios causa «apreensão» nos Bombeiros da Guarda

“Soldados da paz” exigem «rápida actualização» do valor do transporte de doentes pago pelo Governo

Há 15 dias, os Bombeiros da Guarda fizeram as contas e, desde a última actualização do valor do transporte de doentes por quilómetro pago pelo Governo, que ocorreu há cerca de dois anos, o gasóleo já tinha subido 32 cêntimos. Entretanto houve novos aumentos nos combustíveis, pelo que os voluntários exigem uma «célere actualização» dos 40 cêntimos que ainda vigoram. Neste cenário, também a época de incêndios é vista com preocupação.

Com mais de 40 veículos, incluindo saúde e fogo, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses consome, em média, «entre 7.500 a 10 mil euros por mês» em combustíveis, adianta o presidente. Álvaro Guerreiro confessa que os carros relacionados com a temporada de fogos lhe causam «muita preocupação e apreensão», uma vez que «não há comparticipação» do Estado. O que se agrava ainda mais tendo em conta que o combate aos incêndios implica a utilização de viaturas «com altos consumos». Sobre o valor pago por quilómetro pelo transporte de doentes, o dirigente exige uma «rápida actualização» dos 40 cêntimos praticados, até porque os bombeiros da Guarda realizam regularmente «muitos serviços de longo curso» e o montante «não é actualizado há cerca de dois anos».

No entanto, a associação não tem a noção exacta de quanto se gasta a mais em virtude das «muitas e constantes» subidas do preço do gasóleo ocorridas desde o início do ano. Garante, contudo, que o impacto tem sido «notório». Reivindicando medidas «urgentes», Álvaro Guerreiro sublinha que os Voluntários Egitanienses «não vão tomar nenhuma atitude isolada», depositando na Liga dos Bombeiros Portugueses uma «tomada de posição conjunta, porque só assim teremos força». Apesar da constante escalada do preço do gasóleo em território nacional, uma coisa é certa: «Não ponderamos começar a abastecer em Espanha, pois estamos a receber um subsídio nacional para o fazer em Portugal, além de que não faria sentido percorrermos 80 quilómetros. Isso não compensaria em termos de desgaste das viaturas e de custo total», sublinha.

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